Assassino alega que matou na Vila Marli porque vítima pediu sexo com namorada para cobrar R$ 200

Vizinhos estranharam morte violenta e dizem que Gilmar era ‘gente boa’

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Após ser preso pelo assassinato de Gilmar da Silva Costa, na Vila Marli, em Campo Grande, Jhonny Anastácio Reinaldo do Nascimento, de 33 anos, disse em depoimento que cometeu o crime porque a vítima havia investido sexualmente contra a sua namorada, que havia emprestado dinheiro de ‘Gil’.

Jhonny, também conhecido como ‘Foguinho’, afirmou que a sua namorada havia emprestado de Gilmar o valor de R$ 200 e teria deixado seu celular como garantia, mas a mulher estava sem dinheiro para resgatar o aparelho. Assim, ‘Gil’ teria feito a proposta de manter relações sexuais com ela em troca de devolver o celular. Jhonny afirmou que ele e a namorada foram até a casa da vítima depois da meia-noite de quinta (25), na tentativa de resgatar o aparelho.

A mulher entrou na casa enquanto Jhonny ficou esperando do lado de fora, sendo que, minutos depois, ouviu gritos da namorada pedindo para que Gilmar tirasse as mãos de cima dela. ‘Foguinho’ entrou na casa e questionou o que estava acontecendo e, quando ficou sabendo da proposta, foi tirar satisfação com a vítima, que teria dito: “Você quer o celular? Espera aí, que vou pegar”.

Gilmar teria ido até o quintal e, segundo Jhonny, voltado com uma faca de açougueiro. Os dois teriam entrado em luta corporal e ‘Foguinho’ acabou assassinando Gilmar com vários golpes.

‘Gil’, como era conhecido, foi encontrado morto no quintal por um vizinho, que percebeu o portão aberto, por volta de 1 hora. O vizinho chamou pela vítima, mas não teve resposta. Ao entrar na casa, encontrou Gilberto caído no quintal, ensanguentado. Dentro da residência estava o cunhado de Gilmar, que é cadeirante e não consegue falar.

Foi acionado o socorro, que acabou constatando o óbito da vítima no local. Gilmar tinha vários ferimentos na cabeça, braços, mãos e tórax. A perícia foi até a residência e apreendeu um par de chinelos, um brinco, um molho de chaves, uma lâmina e um cabo de faca.

‘Gente boa’

Vizinhos de Gilmar disseram que ele era uma pessoa muito boa. A vítima foi assassinada com diversas facadas pelo corpo. A filha do cadeirante, que era cuidado por Gilmar, contou ao Jornal Midiamax que nunca soube de nenhuma desavença da vítima com qualquer pessoa, ou dívidas que ele poderia ter. Ela ainda falou que, na tarde anterior ao assassinato, foi até a casa para tomar refrigerante com Gilmar.

Nenhum morador disse ter ouvido barulhos ou pedidos de socorro durante a madrugada dessa quinta (25), quando o corpo foi encontrado no quintal. Outros moradores da região também falaram sobre a ‘boa pessoa’ que Gilmar era.

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