Pedido de liberdade de coronel preso em operação da máfia dos cigarreiros é negado pela Justiça
A Justiça negou o pedido de liberdade do ex-comandante do DOF (Departamento de Operações Fronteira), Kleber Haddad Lane, na última sexta-feira (26), que ainda deve ser publicado nesta quinta-feira (2), segundo o advogado de defesa José Roberto Rosa. Segundo Rosa, um novo habeas corpus já está pronto para ser impetrado na instância de 2º grau […]
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A Justiça negou o pedido de liberdade do ex-comandante do DOF (Departamento de Operações Fronteira), Kleber Haddad Lane, na última sexta-feira (26), que ainda deve ser publicado nesta quinta-feira (2), segundo o advogado de defesa José Roberto Rosa.
Segundo Rosa, um novo habeas corpus já está pronto para ser impetrado na instância de 2º grau para pedir a liberdade do coronel com restrições ou a prisão domiciliar, “Todo esse serviço de inteligência do Gaeco é um grande absurdo”, disse o advogado se referindo a citação na denúncia contra o oficial da compra de uma fazenda em Aquidauana no valor de R$ 205 mil.
A fazenda teria sido comprada por Kleber em 2011, mas por problemas de litigio, que só foram resolvidos em 2017, é que a escritura foi feita em 2018. Segundo Rosa existia um contrato de gaveta, que pode explicar a situação e que já teria sido anexada aos autos.
Em relação ao ex-comandante do Batalhão de Sidrolândia, o tenente-coronel Erivaldo José Alves, que também teve o pedido de liberdade negado, Rosa afirmou que também irá entrar com novo pedido de HC.
Segundo a defesa, o MPMS chegou a apontar que os militares tinham ganhos elevados se comparados aos salários, no entanto, são produtores rurais que também têm rendas extras com a venda de gado. “Os depósitos que o MP fala que são estranhos, são oriundos da comercialização de animais, declarados nos impostos de renda, consta inclusive junto ao Iagro), acrescentou o advogado José Rosa.
O advogado acrescentou que há outros pedidos de revogação de prisão ou medida cautelar feitos pelas defesas dos outros réus e que o processo corre em sigilo. O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e pela 24ª Promotoria na última sexta-feira (5) ofereceu denúncia contra o grupo criminoso de militares que chegavam a receber propinas entre de R$ 10 mil a R$ 150 mil.
A promotoria classificou a conduta dos oficiais como sendo da mais alta gravidade, além de “ferir frontalmente o decoro da classe, o pundonor e o sentimento de dever, de maneira que se torna incompatível com a atividade policial militar”. Após a operação, deflagrada em 16 de maio, os comandos foram trocados e todos os presos afastados das funções.
Prisão de militares na Avalanche
Mandados foram cumpridos em Campo Grande, Coxim, Sidrolândia, Naviraí, Aquidauana e Dourados. Todos os alvos da operação que resultou em sete prisões tinham bom trânsito político, salários mensais na faixa dos R$ 20 mil e posições de comando na Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública).
Foram presos o ex-comandante do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) Kleber Haddad Lane, tenente-coronel Carlos da Silva, tenente-coronel Wesley Freire de Araújo, tenente-coronel Josafá Pereira Dominoni, major Luiz César de Souza Herculano, tenente-coronel Jidevaldo de Souza Lima e tenente-coronel Erivaldo José Duarte.
Operação Oiketicus III
A operação Avalanche é um desdobramento da Oiketicus e está em sua terceira fase, com cumprimentos de mandados em várias cidades do Estado. Em Dourados, a casa do comandante do 3º batalhão local da PM também foi alvo de cumprimento de mandado de busca e os agentes saíram do local com vários documentos. O comandante foi levado para o batalhão de polícia da cidade e contra ele havia um mandado e prisão.
A primeira fase da Operação Oiketikus foi desencadeada pelo Gaeco do Ministério Público Estadual e pela Corregedoria Geral da Polícia Militar, em 2018 e levou a prisão cerca de 29 policiais que foram denunciados por corrupção passiva e organização criminosa, por integrarem a chamada “Máfia dos Cigarreiros”.
As investigações iniciaram em abril de 2017 e apontaram que policiais militares de Mato Grosso do Sul davam suporte ao contrabando, mediante pagamento sistemático de propina, interferindo em fiscalização de caminhões de cigarros para que não ocorressem apreensões de cargas e veículos, além de adotarem outras providências voltas para o êxito do esquema criminoso. Os cigarreiros agiam associados desde o início de 2015, estruturalmente ordenados e com divisão de tarefas. As atividades eram desenvolvidas em dois grandes núcleos.
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