TJ intimou guarda na sede da corporação, que alega não saber de medidas protetivas

Apesar da guarda-municipal afirmar que não tinha conhecimento da medida protética contra o agente Valtenir Pereira da Silva, acusado de matar a tiros a ex-namorada Maxelline Santos, de 28 anos, o agente havia sido intimado no dia 24 de fevereiro também em seu local de trabalho, no Aero Rancho sobre as medidas protetivas que haviam […]

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Apesar da guarda-municipal afirmar que não tinha conhecimento da medida protética contra o agente Valtenir Pereira da Silva, acusado de matar a tiros a ex-namorada Maxelline Santos, de 28 anos, o agente havia sido intimado no dia 24 de fevereiro também em seu local de trabalho, no Aero Rancho sobre as medidas protetivas que haviam contra ele. O oficial de justiça foi ao endereço da casa de Valtenir e de seu trabalho.

Em documento protocolado pelo oficial de justiça, no dia 24 de fevereiro deste ano, no Tribunal de Justiça é citado tanto o local de trabalho como o da residência do agente para a citação sobre as medidas restritivas contra ele, que foram pedidas por Maxelline após ter a casa invadida e ser ameaçada por Valtenir.

Segundo informações da assessoria da guarda, quando o agente possui restrições ou está respondendo a processo é imediatamente retirado o seu porte de arma, sendo que nesse caso não teria chegado ao conhecimento da guarda as medidas protetivas contra Valtenir.

Em nota da SEDES (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social) foi dito que não havia chegado ao conhecimento da secretaria sobre as ameaças e violação de domicilio, no dia 17 de fevereiro. Ainda de acordo com a nota está sendo apurada se a arma usada para cometer o crime era de porte funcional do agente, que foi afastado.

Seu afastamento foi publicado no Diário Oficial desta terça-feira (3), como também da abertura de procedimento administrativo para apurar a conduta do agente. O afastamento tem prazo de 60 dias, mas pode ser prorrogado por igual período.

A Polícia Civil continua as buscas pelo guarda-municipal Valtenir Pereira da Silva. Ele também é acusado de matar o dono da residência e ferir a esposa dele, além de matar a ex-namorada Maxelline. Sua prisão preventiva já foi decretada, durante o plantão judiciário de domingo (1º). A juíza titular da 1ª Vara da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Capital, Helena Alice Machado Coelho, decretou a prisão do guarda.

Maxeline estava em um churrasco na casa de amigos quando Valtenir chegou no local. Os dois teriam tido uma discussão e o guarda deu um tiro na cabeça da vítima. A esposa do dono da residência tentou intervir na briga e acabou atingida por um disparo, mas foi socorrida com vida e levada para a Santa Casa. Quando o proprietário da casa saiu para ver o que tinha acontecido também foi morto com um tiro.

Maxelline havia registrado um boletim de ocorrência por violação de domicílio e ameaça, no fim do mês passado, contra o agente. Na delegacia, na ocasião, a professora contou que manteve relação com o guarda municipal, mas ele não aceitava o fim do relacionamento. A vítima pediu uma medida protetiva de urgência, que foi autorizada pela juíza Jacqueline Machado. Cinco dias após ser intimado e ficar ciente da medida protetiva, Valtenir Pereira da Silva matou a ex-namorada.

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