Família não acredita que taxista morto com tiro na cabeça tenha reagido a assalto em Campo Grande
Por Thatiana Melo e Ranziel Oliveira Durante o velório do taxista Luciano Barbosa de 44 anos, que foi assassinado a tiros e teve o corpo abandonado às margens da rodovia no Indubrasil, em Campo Grande, o sentimento era de profunda tristeza e revolta pela maneira cruel como Luciano foi morto. Amigo de profissão de Luciano, […]
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Por Thatiana Melo e Ranziel Oliveira
Durante o velório do taxista Luciano Barbosa de 44 anos, que foi assassinado a tiros e teve o corpo abandonado às margens da rodovia no Indubrasil, em Campo Grande, o sentimento era de profunda tristeza e revolta pela maneira cruel como Luciano foi morto.
Amigo de profissão de Luciano, o taxista Wellington Costa de 39 anos, disse ao Jornal Midiamax que não acredita que ele teria reagido ao assalto já que tinha muito medo de ser roubado, além de ser uma pessoa muito tranquila. Ele ainda fala que foi um dos primeiros a ficar sabendo do desaparecimento de Luciano.
“Liguei na cooperativa depois da meia noite de domingo (26) para falar sobre o desaparecimento, após na irmã dele me ligar falando que o Luciano não tinha voltado para casa”, disse Wellington. O taxista ainda contou que depois saiu a procura do amigo pelos bairros da cidade e o grupo de taxistas acabou encontrando o carro todo ‘depenado’, no bairro Santa Emília, e logo depois veio a notícia triste de que um corpo havia sido localizado e era da vítima.
Fernando Yonaka, presidente do sindicato dos taxista, contou que falta mais segurança para a categoria trabalhar. “Não tem como monitorar o taxista 24 horas por dia”, ressaltou.
O irmão da vítima, Lucas Barbosa, também disse ao Jornal Midiamax que não acredita que Luciano tenha reagido ao assalto, “Ele nem ficava no ponto à noite com medo dos assaltos, esperava ser chamado na casa da minha mãe para as corridas noturnas”, falou Lucas.
Lucas ainda disse que antes de sair para pegar os passageiros, o irmão teria perguntado através do aplicativo se a solicitante, que era uma mulher, estava sozinha quando a pessoa teria respondido que estava na companhia do marido, e por isso, o taxista teria concordado com a corrida para o Jardim Carioca.
Ainda segundo o Lucas, a vítima disse que iria fazer a corrida para não atrasar a segunda parcela do carro, que havia comprado recentemente já que estava tendo pouco trabalho por conta da pandemia do coronavírus (Covid-19). “Ele era muito trabalhador”, disse Lucas.
“Agora só Deus para confortar a nossa família”, finalizou Lucas. O taxista deixou uma filha de 12 anos. A polícia agora refaz o caminho feito pelo taxista na tentativa de encontrar vestígios do crime.
Morte
O corpo de Luciano foi encontrado na manhã deste domingo (26) em um matagal, no prolongamento da Avenida Duque de Caxias, já na região do Indubrasil, em Campo Grande. Havia uma marca de tiro na cabeça de Luciano.
A irmã do taxista foi quem procurou a polícia na madrugada de hoje, para denunciar o desaparecimento. O carro do taxista foi achado pouco antes do corpo, no bairro Santa Emília sem nenhuma das rodas. A principal linha de investigação da polícia, segundo o delegado Cristian Duarte Molinedo, é que Luciano tenha sido vítima de latrocínio, roubo seguido de morte, após reagir ao assalto. Cerca de 20 taxistas, que desde a madrugada ajudavam nas buscas do colega, foram para o local onde o corpo foi encontrado.
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