7 anos após julgamento, condenados por morte de Breno e Leonardo continuam presos

No último domingo (30), completaram 8 anos da morte de Breno Luigi Silvestrini de Araújo, 18 anos, e Leonardo Batista Fernandes, de 19 anos. Os amigos foram vítimas da crueldade de 5 réus, que foram presos, condenados, e continuam cumprindo pena em regime fechado. Segundo apurado pelo Jornal Midiamax, os criminosos não tiveram progressão da […]

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No último domingo (30), completaram 8 anos da morte de Breno Luigi Silvestrini de Araújo, 18 anos, e Leonardo Batista Fernandes, de 19 anos. Os amigos foram vítimas da crueldade de 5 réus, que foram presos, condenados, e continuam cumprindo pena em regime fechado.

Segundo apurado pelo Jornal Midiamax, os criminosos não tiveram progressão da pena, ou seja, continuam em regime fechado conforme sentenciado na condenação. Além disso, as penas dos réus, condenados em 2013, chegaram a somar mais de 200 anos. Também não há previsão próxima de que consigam migrar para o regime semiaberto.

Onde estão os presos

Assim, Weverson Gonçalves Feitosa, o ‘Japa’, de 30 anos, está atualmente no Estabelecimento Penal de Aquidauana. Ainda consta na ficha do réu que ele trabalhou na faxina do solário B do presídio de março a julho deste ano, como forma de tentar reduzir a pena. Com isso, tenta reduzir a condenação de 60 anos de reclusão, com previsão de ir para o semiaberto em setembro de 2034.

Já Dayani Aguirre Clarindo, 32 anos, atualmente está no presídio Irmã Irma Zorzi, o feminino de Campo Grande. Condenada a 50 anos e 2 meses, com previsão de progressão para o semiaberto, ela também tenta reduzir a pena. Assim, a ré já conseguiu 478 dias de remição da pena através da leitura de livros.

Enquanto isso, Raul de Andrade Pinto, 26 anos, cumpre pena no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. Para ele, a condenação foi de 36 anos e 4 meses, com previsão de progredir para o regime semiaberto em março de 2025. Também foi concedida remição da pena a ele, de 177 dias, por concluir o ensino médio.

Já Rafael da Costa Silva, 30 anos, foi condenado a 62 anos e 8 meses e tem previsão de ir para o semiaberto em 2035. Este está preso no Presídio Estadual de Dourados e, conforme apurado pelo Midiamax, estaria com um nódulo no pescoço. Com isso, ele chegou a “sair” rapidamente do presídio, mas apenas para consultas médicas e exames.

Por fim Edson Natalício, que até setembro de 2019 estava no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande), em regime fechado, pode ir para o semiaberto em 2026. A pena a ser cumprida por ele é de 29 aos e 4 meses.

Planejamento do crime

7 anos após julgamento, condenados por morte de Breno e Leonardo continuam presos
Reconstituição do crime (Arquivo)

Para o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), restou apurado que o grupo se conheceu e se uniu dois meses antes, com a intenção de cometer roubos de veículos de luxo. Assim, naquele dia 30, por volta das 20h30 Rafael, Weverson, Dayani e o adolescente Antoninho, irmão de Rafael, foram até o 21 Bar com um Fiat Uno azul.

Além disso, já tinham combinado o crime com o primo de Rafael, Raul de Andrade, que agia como financiador do esquema criminoso. Também foi identificado que Edson repassou informações (pelas quais recebeu 60 gramas de cocaína como pagamento), sobre quem receberia o veículo em Corumbá, antes que fosse levado até a Bolívia. Então, já no bar, o grupo agiu de forma aleatória ao escolher a Pajero, na época avaliada em aproximadamente R$ 60 mil.

Com isso o grupo esperou atrás do veículo, até que as vítimas saíram do bar e foram rendidas. Rafael portava um revólver calibre 38 e colocou as vítimas na Pajero, cometendo o sequestro com Weverson. Já Antoninho e Dayani seguiram atrás com o Uno.

Latrocínio

Além de roubar o veículo e sequestrar a dupla, o grupo decidiu parar na região do Indubrasil, onde Breno e Leonardo foram colocados para fora da Pajero. Então, mediante ameaças, Rafael atirou na cabeça dos jovens, que morreram no local. Em seguida o grupo fugiu para levar o veículo até a Bolívia.

Assim, só foi descoberto o local onde estavam as vítimas após a prisão de Dayani, que indicou para a polícia. Já durante a madrugada, por volta de 0h35 do dia 31, equipe do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) localizou a Pajero. Então, ao perceberem a presença policial já perto de Corumbá os ocupantes tentaram fugir com o veículo.

Ainda algumas horas depois, equipe da PRF (Polícia Rodoviária Federal) abordou o caminhão, em que Dayani pegava carona para retornar para Campo Grande. Assim, ela ainda tentou mentir sobre o crime, mas acabou descoberta e presa. Em trabalho de investigação pela Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos), todo o crime foi desvendado em menos de um dia.