8 anos atrás, sequestro de Breno e Leonardo na porta de bar virava tragédia em Campo Grande

Quinta-feira, 30 de agosto de 2012. Esta foi a data em que ficou marcada a crueldade de uma quadrilha responsável pelo sequestro e morte de Breno Luigi Silvestrini de Araújo, 18 anos, e Leonardo Batista Fernandes, de 19 anos. Os amigos saíam do 21 Music Bar, na Chácara Cachoeira, quando foram levados pelos bandidos. Em […]

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Leonardo e Breno (Fotos: Arquivo)

Quinta-feira, 30 de agosto de 2012. Esta foi a data em que ficou marcada a crueldade de uma quadrilha responsável pelo sequestro e morte de Breno Luigi Silvestrini de Araújo, 18 anos, e Leonardo Batista Fernandes, de 19 anos. Os amigos saíam do 21 Music Bar, na Chácara Cachoeira, quando foram levados pelos bandidos.

Em menos de 24 horas, a triste descoberta de que os jovens estudantes tinham sido vítimas de latrocínio – roubo seguido de morte. Mas as investigações apontaram que o grupo criminoso havia se formado há aproximadamente dois meses antes, no intuito de roubar.

Assim, foram identificados e presos Rafael da Costa Silva, hoje com 30 anos, Weverson Gonçalves Feitosa, o ‘Japa’, também de 30 anos, Dayani Aguirre Clarindo, 32 anos, Raul de Andrade Pinto, 26 anos e Edson Natalício de Oliveira Gomes, 29 anos. Este último chegou a ficar foragido, mas teve prisão preventiva decretada.

Planejamento do crime

Para o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), restou apurado que o grupo se conheceu e se uniu dois meses antes, com a intenção de cometer roubos de veículos de luxo. Assim, já teriam cometido outro latrocínio em 1º de agosto de 2012. Naquela ocasião roubaram uma Hilux e a vítima, que era piloto de avião, também foi assassinada.

Assim, naquele dia 30, por volta das 20h30 Rafael, Weverson, Dayani e o adolescente Antoninho, irmão de Rafael, foram até o 21 Bar com um Fiat Uno azul. Além disso, já tinham combinado o crime com o primo de Rafael, Raul de Andrade, que agia como financiador do esquema criminoso.

Também foi identificado que Edson repassou informações (pelas quais recebeu 60 gramas de cocaína como pagamento), sobre quem receberia o veículo em Corumbá, antes que fosse levado até a Bolívia. Então, já no bar, o grupo agiu de forma aleatória ao escolher a Pajero, na época avaliada em aproximadamente R$ 60 mil.

Com isso o grupo esperou atrás do veículo, até que as vítimas saíram do bar e foram rendidas. Rafael portava um revólver calibre 38 e colocou as vítimas na Pajero, cometendo o sequestro com Weverson. Já Antoninho e Dayani seguiram atrás com o Uno.

Latrocínio

8 anos atrás, sequestro de Breno e Leonardo na porta de bar virava tragédia em Campo Grande
Reconstituição do crime realizada pela Defurv (Foto: Arquivo)

Além de roubar o veículo e sequestrar a dupla, o grupo decidiu parar na região do Indubrasil, onde Breno e Leonardo foram colocados para fora da Pajero. Então, mediante ameaças, Rafael atirou na cabeça dos jovens, que morreram no local. Em seguida o grupo fugiu para levar o veículo até a Bolívia.

Assim, só foi descoberto o local onde estavam as vítimas após a prisão de Dayani, que indicou para a polícia. Já durante a madrugada, por volta de 0h35 do dia 31, equipe do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) localizou a Pajero. Então, ao perceberem a presença policial já perto de Corumbá os ocupantes tentaram fugir com o veículo.

Ainda algumas horas depois, equipe da PRF (Polícia Rodoviária Federal) abordou o caminhão, em que Dayani pegava carona para retornar para Campo Grande. Assim, ela ainda tentou mentir sobre o crime, mas acabou descoberta e presa. Em trabalho de investigação pela Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos), todo o crime foi desvendado em menos de um dia.

Julgamento

Menos de um ano depois, em 4 de agosto de 2013, os réus foram a julgamento pelo latrocínio. Assim, Rafael foi condenado a 42 anos e 4 meses de prisão, Raul a 35 anos e 4 meses, Weverson a 36 anos e 4 meses, Dayani a 24 anos e Edson a 29 anos e 8 meses.

Também foi posteriormente denunciado Jonilton Jackson Leite de Almeida. Este era responsável por encomendar os veículos em troca de droga. Assim, foi condenado a 32 anos e 10 meses.

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