Paris reforça segurança em parada gay após massacre em Orlando

Dezenas de milhares de pessoas participaram de cortejo

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Dezenas de milhares de pessoas participaram de cortejo

Dezenas de milhares de pessoas participaram neste sábado (2) da Parada do Orgulho Gay, emParis, sob um importante, embora discreto, esquema de segurança, três semanas depois do massacre em uma boate gay em Orlando (Flórida, sudeste dos Estados Unidos).

O imenso cortejo, com dezenas de carros alegóricos e motoristas agitando bandeiras com as cores do arco-íris, símbolo do movimento LGBT, marchou entre os cais parisienses até a Praça da Bastilha.

Cerca de mil policiais foram mobilizados para garantir o desfile, que este ano teve dois quilômetros a menos de trajeto que os 4,6 km inicialmente previstos.

O encontro anual da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgênero) teve repercussão especial devido ao atentado contra uma boate gay de Orlando (Flórida), reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico, que deixou 49 mortos em 12 de junho.

“Três semanas depois do ataque em Orlando, desfilar é um ato de resistência. Não temos que ceder ao medo. Precisamos mais do que nunca reafirmar nossa visibilidade e nosso orgulho nas ruas”, afirmou antes do início da marcha Amandine Miguel, porta-voz da associação Inter-LGBT, organizadora da parada.

“Desfilamos em memória das nossas irmãs e nossos irmãos assassinados” na Flórida, acrescentou Camille Spire, animadora da ONG Aides, que luta contra a Aids.

Há menos de oito meses ocorreram os atentados que deixaram 130 mortos em Paris e a ameaça extremista continua sendo elevada, segundo as autoridades.

A parada do Orgulho Gay na capital francesa também foi adiada em uma semana, devido à Eurocopa de futebol.

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