Pesquisa aponta que 56% dos bolivianos não querem quarta eleição de Morales

A pesquisa, realizada entre 28 e 31 de julho, incluiu 800 entrevistas

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A pesquisa, realizada entre 28 e 31 de julho, incluiu 800 entrevistas

Uma pesquisa divulgada neste domingo pelo jornal Página Siete, de La Paz, mostra que 56% dos bolivianos rejeitam uma quarta reeleição do presidente Evo Morales em 2019, como ventilaram sindicatos indígenas e camponeses leais ao governo.

O estudo, realizado pela empresa Mercados y Muestras, diz que 40% são a favor da reeleição e 4% não souberam responder.

A pesquisa, realizada entre 28 e 31 de julho, incluiu 800 entrevistas com homens e mulheres maiores de 18 anos em áreas urbanas e rurais de todo o país e tem uma margem de erro de 3,47%.

A rejeição à reeleição de Morales, que governa a Bolívia desde 2006, cresceu em relação a uma pesquisa similar divulgada em junho, na qual a porcentagem contrária a uma nova postulação era de 52%.

Evo Morales iniciou em janeiro seu terceiro mandato para o período 2015-2020, após ganhar o pleito de outubro com 61% dos votos.

Embora a Constituição que foi promulgada pelo próprio Morales em 2009 só permita dois mandatos consecutivos, a terceira postulação do governante foi possível graças a uma sentença do Tribunal Constitucional (TC), questionada pela oposição.

O TC alegou que Morales poderia ser novamente candidato porque não concluiu sua primeira gestão e porque o país foi refundado como “Estado plurinacional” em 2009, um argumento esgrimido pelo governo.

A única forma legal para que Morales possa concorrer às próximas eleições gerais seria uma modificação na Constituição seguida por um referendo. Esse é o desejo dos grupos leais ao governo. No começo do mês, líderes camponeses e indígenas propuseram inclusive a reeleição “vitalícia” do líder.

Morales afirmou estar surpreso com essas propostas e anunciou que debaterá em dezembro com seus ministros uma possível candidatura para o período 2020-2025.

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