Países da Europa Oriental estudam ‘mega-fechamento’ de fronteiras contra refugiados

Bulgária, Romênia e Sérvia lideram o bloco

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Bulgária, Romênia e Sérvia lideram o bloco

Bulgária, Romênia e Sérvia lideram o bloco das chamadas nações balcânicas, que fizeram a ameaça neste domingo, quando participarão de negociações com a União Europeia. Nos últimos dias, outro país, a Eslovênia, já anunciou que poderá fechar suas fronteiras unilateralmente se Bruxelas não oferecer uma solução para a crise.

O premiê esloveno, Miro Cerar, insinuou que a Eslovênia poderá seguir o exemplo da Hungria e construir uma cerca ao longo de sua fronteira com a Croácia, um dos países usados pelos imigrantes na travessia em busca de asilo nas principais nações da União Europeia.

‘Sono profundo’

Segundo autoridades eslovenas, 58 mil imigrantes entraram no país na semana passada.

A maioria desses imigrantes, que incluem refugiados dos conflitos em Síria, Iraque e Afeganistão, quer asilo político na Alemanha, país que mais tem recebido pessoas nos últimos meses. As autoridades alemãs esperam abrigar um total de 800 mil pessoas em 2015, mas o fluxo de imigrantes está causando verdadeiros engarrafamentos humanos em diversos países europeus e muitos governos dizem não ter recursos para cuidar da massa de pessoas.

O problema foi agravado pela decisão da Hungria de fechar suas fronteiras com a Sérvia e a Croácia.

Vizinhos estão de olho nos próximos passos da Alemanha. Se Berlim adotar medidas restritivas, países como a Bulgária, por exemplo, se tornariam uma imensa sala de espera, na opinião do premiê búlgaro, Boiko Borisov.

“Não vamos virar zonas de contenção. Estamos prontos para fechar nossas fronteiras também”.

As nações balcânicas querem pressionar a UE adotar controles imigratórios mais rígidos na chegada dos imigrantes à Grécia e Turquia, os principais pontos de entrada. Segundo a Organização Internacional para a Imigração (OIM), mais de 60 mil pessoas teriam entrado em território grego apenas na semana passada.

A União Europeia, de acordo com a mídia alemã, pretende apresentar aos líderes balcânicos um plano de trabalho para auxiliar a gerenciar o fluxo de imigrantes, mas deverá insistir que esses países impeçam a passagem de mais pessoas.

Porém, o premiê da Croácia, Zoran Milanovic, disse que os líderes do bloco “parecem ter passado os últimos meses em um sono profundo”.