Líderes da Igreja devem responder por atos de pedofilia de subordinados

A recomendação partiu da Comissão para a Proteção das Crianças, do Vaticano

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A recomendação partiu da Comissão para a Proteção das Crianças, do Vaticano

A comissão do Vaticano para a Proteção das Crianças, recomendou na segunda-feira que “as pessoas em posição de liderança” na Igreja católica respondam pelos atos de pedofilia cometidos por seus subordinados.

Em um comunicado publicado após sua primeira plenária em Roma, a comissão disse ser “profundamente consciente que a questão da responsabilidade é de grande importância”, evocando particularmente os bispos e autoridades das ordens religiosas.
Vários casos em que líderes religiosos, particularmente nos Estados Unidos, optaram por não sancionar ou mesmo cobrir padres pedófilos provocaram fortes reações de organizações de ex-vítimas.

Os 17 membros da comissão, reunidos de sexta-feira a domingo, decidiram apresentar uma proposta ao Papa Francisco sobre a questão da responsabilidade e de “desenvolver procedimentos para garantir que todos aqueles que trabalham com menores – clérigos, religiosos e laicos – sejam responsabilizados” em caso de atos pedófilos.

Na semana passada, o Papa Francisco enviou uma carta aos bispos e líderes religiosos católicos em todo o mundo, instruindo-os a nunca abafar os escândalos de pedofilia na Igreja.

A imagem da Igreja tem sofrido muito ao longo dos últimos vinte anos com a revelação de milhares de casos de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual por padres, especialmente na Irlanda e nos Estados Unidos entre 1960 e 1990.

Apesar da tomada de consciência, uma comissão da ONU considerou no ano passado em um relatório duro que ainda há muito a se fazer para ser transparente sobre esses crimes. E o assunto continua a ser tabu em muitos países da África, Ásia e América Latina.

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