Estado Islâmico divulga imagens da destruição total do histórico Templo de Baal

O templo romano tinha 2.000 anos e ficava na cidade síria de Palmira

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O templo romano tinha 2.000 anos e ficava na cidade síria de Palmira

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) divulgou nesta terça-feira (25) várias fotografias da destruição do histórico Templo de Baal, situado nas ruínas arqueológicas da cidade síria de Palmira. Nas imagens, é possível o momento da detonação do templo de 2.000 anos e o estado no qual ficou após ser dinamitado. Palmira é considerada uma relíquia única do século I a.C e uma peça fundamental da arquitetura e do urbanismo romano.

As imagens estão acompanhadas do texto: “momento da explosão do templo pagão de Baal”. O diretor-geral de Antiguidades e Museus da Síria, Maamún Abdelkarim, confirmou nesta segunda que o grupo terrorista tinha usado “uma grande quantidade de explosivos” para dinamitar o Templo de Baal, mas não pôde precisar o alcance da destruição que, segundo as novas fotografias parece total.

A demolição do edifício foi divulgada cinco dias depois que o EI executou o antigo responsável da direção geral de Antiguidades e Museus em Palmira, Khaled al Asaad, por considerá-lo o “diretor dos ídolos” desta cidade. Posteriormente, o jornal The Guardian revelou que Asaad foi morto por não revelar a localização de relíquias antigas guardadas em Palmira,

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, considerou sua destruição, assim como o assassinato de Asaad como “um crime de guerra”. A ONU condenou em comunicado “os contínuos atos de terror e as graves violações do direito internacional” cometidos pelo grupo terrorista Estado Islâmico, incluindo a destruição sistemática e o saque do patrimônio cultural do país.

Os extremistas tomaram o controle da cidade de Palmira e de suas ruínas greco-romanas, situadas no leste da província de Homs, em 20 maio. Esta cidade é um dos seis lugares sírios inscritos na lista do Patrimônio da Humanidade da Unesco. Desde fevereiro, os radicais do EI destruíram nas zonas que dominam no Iraque vários lugares arqueológicos, como as ruínas assírias de Nimrod, do século XIII a.C., e de Hatra, Patrimônio da Humanidade da Unesco.

 

Conteúdos relacionados