Autoridades chinesas censuram 50 sites com críticas à operação de resgate

O organismo considera que as publicações causam influências negativas

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O organismo considera que as publicações causam influências negativas

Cinquenta páginas da internet que continham críticas às operações de socorro e à investigação das explosões ocorridas na última quarta-feira (12) no porto de Tianjin, norte da China, foram fechadas ou suspensas temporariamente pelas autoridades do país.

Um comunicado da Administração do Ciberespaço da China, divulgado hoje (16) pela agência oficial Xinhua, refere que os sites “criam pânico publicando informação sem verificá-la ou permitindo aos seus utilizadores divulgar rumores infundados”.

Entre os supostos rumores apontados pela administração estão informações de que as explosões causaram pelo menos mil mortos e que os supermercados em Tianjin foram saqueados, além de comentários que defendem uma mudança do governo no município.

O organismo considera que as publicações causam influências negativas e, por essa razão, anunciou que revogou as licenças de 18 sites e suspendeu temporariamente a licença de 32, sem especificar as páginas da internet em questão.

A Administração do Ciberespaço promete uma postura de tolerância zero em relação à divulgação de rumores depois de grandes desastres. Desde a tragédia, centenas de utilizadores do Weibo (rede social chinesa) pediram a verdade sobre a explosão e criticaram a censura a órgãos de comunicação locais.

Familiares dos bombeiros desaparecidos na explosão (85, segundo o balanço mais recente) têm criticado a falta de assistência e de informação por parte das autoridades. O balanço divulgado hoje indica que 112 pessoas morreram e 95 continuam desaparecidas, sendo que 88 corpos não foram identificados. As explosões deixaram ainda mais de 700 feridos.

Maior porto do norte da China, situado a 150 quilômetros de Pequim, Tianjin é a sede de um município com cerca de 15 milhões de habitantes.

 

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