Simples de tudo, igreja de construção modesta acolhe fiéis no Bairro Jardim das Cerejeiras

Comunidade São Bartolomeu nasceu embaixo de uma arvore, há 23 anos

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Igrejinha tem capacidade para 70 pessoas (Fotos: Nathália Alcântara/Midiamax)

Igreja pequena, com ar de interiorana, a Comunidade São Bartolomeu é um dos espaços de fé do Bairro Jardim das Cerejeiras, em Campo Grande. A arcada da fachada inspirada na arquitetura renascentista é o que ajuda a anunciar a discreta construção para quem vem de longe.

O padre Vander Casemiro é vigário da Paróquia Maria Auxiliadora dos Cristãos, a qual pertence a igrejinha. Ele explica que ela surgiu praticamente junto ao bairro onde está localizada. “Nasceu embaixo de uma árvore, como a maioria das igrejas, depois ganhou uma estrutura improvisada em madeira para que houvesse mais espaço para as atividades realizadas junto à comunidade”, conta. E assim cresceu, até ter uma sede em alvenaria que recebe novos elementos conforme passa o tempo.

A fachada inspirada no estilo renascentista

Já um detalhe inspirado no estilo gótico e que se nota logo na entrada da São Bartolomeu, são os vitrais coloridos presentes na parte superior das janelas. Eles contrastam bem com as cores neutras das paredes e fachada, deixando o ambiente celestial e também alegre.

Janelas arejam e alegram ambiente com vitrais coloridos

Ainda quanto à fachada, há em seu topo uma cruz alta. Outra cruz mais visível, colocada na entrada à esquerda, faz par à primeira. Essa segunda cruz está presa a um bloco de concreto onde aparece datada a fundação Comunidade São Bartolomeu: 24/dez/1999, uma véspera de Natal. Os números foram gravados no cimento molhado, o que também denota a simplicidade do lugar.

O sacrário foi reformado recentemente, assim como foram feitas outras intervenções para dar mais conforto aos frequentadores. Mas nenhuma mudança tirou da igreja o “aconchego” que sempre teve, nas palavras da ministra ordinária da eucaristia, Vera Lúcia Garcia.

Embora o espaço interno seja pequeno, ele comporta até 70 pessoas. Batizados e casamentos são celebrados na igreja com tranquilidade quanto à capacidade. “Recebemos aqui muitas famílias, casais, pessoas da região mesmo. Cabe todo mundo!”, confirma a ministra da eucaristia.

Data marcada no bloco de concreto denota a simplicidade

Memória da construção

O coordenador do dízimo, José Garcia, acompanhou a construção da sede da São Bartolomeu. Ele conta que italianos voluntários da Missão Salesiana estiveram à frente, trabalhando intensamente para assentar tijolo por tijolo. “Isso com a colaboração da comunidade. Foi uma coisa de união”, lembra ele.

Padre Vander e José Garciam mostram pastam que documentam história da igreja

Um espaço anexo ao principal, onde são celebradas as missas, guarda memórias de quando tudo começou. Um móvel antigo e imagens religiosas antigas que foram substituídas por outras maiores e mais visíveis aos fiéis, fazem parte desse passado e estão preservados.

Espaço externo é grande

Se um dia houver a necessidade de ampliar a igreja, espaço externo tem bastante. Por enquanto, a área é utilizada para outras atividades da igreja que envolvem a comunidade: catequese e show de prêmios são exemplos, além de diversas ações sociais em datas temáticas como o Dia das Crianças.

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São Bartolomeu

São Bartolomeu foi um dos doze discípulos de Jesus Cristo, segundo o Novo Testamento. Conhecido também pelo nome de Natanael, seguiu Jesus por três anos presenciando os ensinamentos, as ações, os milagres, a morte e a ressurreição. Seu dia é celebrado em 24 de agosto.

A pintura do santo na igreja de Campo Grande

Relatos históricos rememoram que São Bartolomeu teria ido até na Índia pregar o cristianismo. Contam também, sobre sua morte, que foi vítima de esfolamento, que é a remoção da pele.

Na versão popular, o santo é considerado padroeiro dos padeiros, alfaiates, sapateiros, açougueiros e comerciantes em geral.

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