De capeta a barraca veterinária, Expogrande é o ‘TBT de Campo Grande’ que todo mundo tem saudade

Festa arrastava multidões e é um rolê que as pessoas têm lembrança de detalhes, desde a fila para comprar ingresso até o momento de ir embora

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Show na Expogrande. Foto: Divulgação

Passar de carro pela Avenida Afonso Pena e aguardar no semáforo, na frente do Gugu Lanches, era um falatório danado, dias antes de algum show muito esperado na Expogrande. Quem ia antes, já avisava: ‘Tá lotado lá, fila enorme’. Isto há uns 15 anos, quando tinha compra de ingresso e a festa arrastava multidões diariamente.

Ressaca? Que nada! O importante era curtir cada dia. Nas quintas, dia de #TBT, vamos relembrar este e outros eventos que estão no coração do campo-grandense.

O fotógrafo e videomaker, Pedro Lima, de 31 anos, é daqueles que reunia a galera e não perdia um dia de festa. “No dia de hoje eu teria passado a tarde inteira em uma fila quilométrica no Shopping ou Gugu Lanches, para comprar meia entrada e pagar R$ 7,50. Isso mesmo, porque a inteira era R$ 15, na pista. O camarote era R$ 40”, relembrou, dizendo que hoje as pessoas pagam, em média, R$ 600 para ir em camarote de festas na cidade.

Já no Parque Laucídio Coelho, onde tradicionalmente ocorriam os shows, Pedro fala que a festa começava lá fora. “Sempre tinham shows nacionais, com público de 15 mil pessoas ou mais. E bom mesmo era tomar capeta, que ainda oferecem em alguns locais. Inclusive, quem não tomou, eu recomendo. E também tinha uns tiozinhos que ofereciam garrafas de uísque por R$ 60. A gente juntava uns 15, 20 reais e eles já entregavam, então, devia ser uma bebida bem original”, brincou.

‘Barraca da veterinária’ era o melhor momento, diz fotógrafo

No entanto, é na “barraca da veterinária” que Pedro considerava o melhor das festas. “Após os shows as duplas sertanejas regionais começavam a tocar e ali amanheciam. Tinha Munhoz e Mariano, Maria Cecília e Rodolfo, Victor e Vinicius, entre outros. Na hora de ir embora, era engraçado, todo mundo colocando halls na boca para os pais não perceberem ou então juntava a galera e ia a pé mesmo. Para o táxi, a grana era curta”, finalizou.

Local onde ocorriam grandes shows. Foto: Divulgação
Local onde ocorriam grandes shows. Foto: Divulgação

A “exposição raiz”, que fez o Pedro compartilhar um texto nas redes sociais, com milhares de curtidas e comentários, também é a mesma que dá saudade em muitos campo-grandenses e até pessoas do interior do Estado, ávidos pelo evento organizado pela Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul).

Exposição tinha animais de raça, competições e produtos agropecuários

Animais nos pavilhões de raça durante a Expogrande. Foto: Divulgação
Animais nos pavilhões de raça durante a Expogrande. Foto: Divulgação

No ano de 2022, por exemplo, a Expogrande (Exposição Agropecuária e Industrial de Campo Grande) completou sua 82ª edição. No entanto, por conta de problemas com som na vizinhança, o Parque de Exposições e até mesmo a festa passou por inúmeras mudanças, ficando sem os grandes shows.

Enquanto cursos ficaram sendo oferecidos nos estandes, além de animais expostos nos pavilhões de raças, os shows – mantendo Expogrande no nome – mudaram de endereço.

Com isso, é possível dizer: quem viveu a Expogrande raiz viveu e agora fica só na lembrança da festa que é considerada a melhor já ocorrida em Mato Grosso do Sul.

E você, tem lembranças lá? Conte pra gente!

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