Em desabafo, morador revela ter o primeiro telefone de Campo Grande em sua casa

Telefone antigo está intacto com herdeiro do fundador da primeira companhia telefônica de Mato Grosso

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Uma simples pergunta em um grupo de rede social despertou gatilhos importantes e abriu o baú da memória para um morador de Campo Grande esta semana.

Herdeiro de Ignacio Gomes, o construtor e primeiro dono da casa antiga localizada no cruzamento entre as ruas Antônio Maria Coelho e Treze de Maio, no Centro, Beto Magalhães compartilhou com todos a história do imóvel e a trajetória do bisavô que levantou o prédio, ao responder o questionamento de um interessado que gostaria de saber “o que foi um dia” a estrutura abandonada.

Em meio às lembranças e ao desabafo sobre o estado do local, Beto revelou os bens que guarda de seu bisavô; entre eles, o primeiro telefone de Campo Grande, segundo o morador. Ignacio, conforme o relato do bisneto, trouxe a primeira companhia telefônica do então Estado de Mato Grosso. “Eu tenho o primeiro telefone aqui em casa”, afirmou, mostrando o objeto.

Objeto parece novo em folha (Foto: Aquivo Pessoal)

“O telefone, a escrivaninha, e a máquina de datilografia ficaram comigo”, contou ele. Quanto ao aparelho telefônico, o objeto tinha sido vendido, mas o bisneto de Ignacio Gomes conseguiu recuperá-lo. “Eu resgatei [o telefone], a máquina de datilografia idem. Já a escrivaninha eu ganhei quando formei Arquiteto. Ah, o relógio barulhento também esta comigo”, informou, sem mostrar os demais objetos, compartilhando apenas o telefone. 

Desabafo e o dia do telefone

O desabafo de Beto sensibilizou Campo Grande. Ele demonstrou vontade em reaver a propriedade que foi de sua família, hoje é tombada pelo município de Campo Grande, e tem outro dono, já que uma familiar vendeu o imóvel há algum tempo.

Nas memórias, o resgate do primeiro telefone de Campo Grande, revelando que o mesmo ainda está na Capital sul-mato-grossense, com aspecto novinho em folha, às vésperas do dia do telefone, celebrado nesta quinta-feira, 10 de março.

Para os campo-grandenses, saber da preservação desta relíquia em sua data comemorativa, é de valor para a cultura e a história da cidade. A reportagem tentou contato com Beto, mas não obteve retorno.

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