Amor por pets motivou Beatriz a superar desemprego e driblar início de depressão

Cada dia mais os bichinhos de estimação estão ganhando adereços que vão desde gravata personalizada até tratamento especial em pet shop. Foi justamente o amor pelos animais que ajudou Beatriz a reviver após ficar desempregada ocasionado por um problema na coluna. A pedagoga estava à beira da depressão quando juntou forças e, com a ajuda […]

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Cada dia mais os bichinhos de estimação estão ganhando adereços que vão desde gravata personalizada até tratamento especial em pet shop. Foi justamente o amor pelos animais que ajudou Beatriz a reviver após ficar desempregada ocasionado por um problema na coluna. A pedagoga estava à beira da depressão quando juntou forças e, com a ajuda da filha Priscila, começou a confeccionar acessórios para pets. A nova ocupação trouxe alegria, estímulo e, de quebra, uma renda extra para a família.

Beatriz Angélica Neto, de 44 anos, trabalhava como pedagoga em uma escola particular quando precisou ficar afastada para cuidar de uma hérnia de disco. Quando voltou da perícia, em Outubro de 2017, acabou sendo desligada da Instituição e o monstro do desemprego entrou em sua vida.

A situação ficava pior com o passar dos meses. As contas iam chegando, mas Beatriz não conseguia se realocar no mercado de trabalho e os inúmeros “não” começaram a colocar em prova, para si mesma, sua capacidade e profissionalismo.

A filha mais velha, Priscila, sempre foi apaixonada por animais de estimação. Tutora de 3 cães, a jovem gastava parte do salário comprando adereços fofos para os “filhos” quando teve um estalo empreendedor.

“Via minha mãe desmotivada, sem ocupação e sabia que ela se sentia mal por isso. Um dia lembrei que ela tinha uma máquina de costura novinha em casa e estava guardada, foi então que decidi unir o útil ao agradável.”

É nos fundos da casa onde Beatriz mora com o marido, a filha mais nova, uma cadela e uma gata que ela passa maior parte do dia costurando. As ideias de estampa surgem da Priscila, ela compra os panos, passa o modelo para a mãe e nasce a peça.

Amor por pets motivou Beatriz a superar desemprego e driblar início de depressão

A nova rotina reascendeu a vontade de viver da pedagoga. Driblando o desemprego e uma possível depressão, hoje ela se sente realizada sentada à máquina de costura.

“Eu acordo, faço afazeres domésticos e já me preparo para confeccionar as peças. Paro para fazer o almoço, mas como meu marido e filha estão vendo meu desempenho eles também me ajudam.”

A surpresa agradável chegou quando mãe e filha começaram a divulgar, sem pretensão, as encomendas pelas redes sociais. Sem saber da história de superação por trás de cada peça, cada cliente aquece um pouco o coração da costureira.

“Ver a empolgação dela me deixa muito feliz. A expectativa era que as pessoas reconhecessem o trabalho dela só que eu não imaginava que isso fosse tão rápido e fazer tão bem”, completou Priscila.

Os adereços são confeccionados para cães e gatos. Na primeira coleção, lançada na semana passada, gravatas, bandanas e laços são produzidos em 12 estampas. Os acessórios são dupla face e as combinações também podem ser feitas de acordo com a escolha do cliente. Coleiras com pérolas e brilhos também são comercializadas pela dupla.

Gratidão

Com a venda dos produtos, a pedagoga sentia a necessidade de ajudar animais necessitados. Beatriz ficou sabendo, por meio de uma colega, que um gato abandonado havia sido atropelado e corria o risco de perder as patinhas.

Sem pensar duas vezes, a professora depositou dinheiro para ajudar nas custas da cirurgia do felino que se chama Tedy. A atitude, segundo ela, foi uma forma de recompensar e agradecer pelo novo trabalho.

“Foi por causa dos animais que hoje tenho esta ocupação, esta renda. Senti vontade no meu coração de agradecer, não somente à Deus, mas acho que devia isso aos animais. Estou acompanhando a recuperação dele e a tutora me manda fotos pra eu ver como ele está bem hoje depois da cirurgia.”

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