Youtuber dá dicas direcionadas a mulheres que querem viajar sozinhas pelo mundo
O sonho dela é inspirar outras mulheres a viverem a liberdade de ir e vir
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O sonho dela é inspirar outras mulheres a viverem a liberdade de ir e vir
Aos 23 anos, a advogada Ieda Fontoura coleciona alguns carimbos no passaporte e aprendeu na raça a “se virar” sozinha em diferentes lugares do mundo. Seja em intercâmbio ou no estilo mochilão, ela descobriu por si só as dores e delícias de ser uma mulher que viaja sozinha por aí. Ansiosa em compartilhar cada experiência, ela criou um canal no Youtube direcionado outras mulheres, com dicas e inspirações.
Ieda bateu asas ainda quando era adolescente. Aos 15 anos, ela fez o primeiro intercâmbio e morou seis meses em Indianapolis e quase três em San Diego, nos Estados Unidos. “Foi lá também que comecei a questionar se o caminho que eu tinha escolhido para mim tinha sido o caminho certo, pois entrei em contato com formas de vida muito diferentes da minha, mas que condiziam muito mais com a minha personalidade do que com a vida que eu estava construindo para mim aqui no Brasil”, conta Ieda.
Nesta época, ela fez o primeiro vídeo que foi para as redes sociais, no qual falava sobre as angústias e aventuras que vivia em outro país, longe da família e dos amigos. “Comecei mais para ter uma recordação e também porque os poucos vídeos que tinham no youtube me ajudaram muito”, diz a advogada sobre o que a impulsionou a compartilhar a nova vida nos Estados Unidos.
De lá para cá, Ieda precisou se dedicar também aos estudos. Mas o espírito viajante nunca a deixou parada por muito tempo. E uma das viagens que marcou muito a trajetória da youtuber foi o mochilão pela Europa, onde de fato ela viu que ser mulher e estar sozinha é bastante desafiante.
“Quando fui para Praga com uma amiga, nosso hotel era na verdade uma pensão conjunta a um bar, numa periferia bem estranha. A República Tcheca é conhecida pelo turismo sexual, então, eu e minha amiga ficamos com muito medo, e voltamos correndo para o centro da cidade pra procurar outro hostel. Também nessa viagem fizemos um trecho de trem noturno, entre a Itália e a Alemanha, com mais de 12 horas de viagem. Fomos na cabine sem cama, porque era a mais barata, e acabamos sentando em uma cabine com um homem que ficava fazendo comentários desnecessários e nos obrigou a permanecer acordadas a noite toda, para evitar qualquer problema. Nesses momentos senti bastante medo”, conta Ieda.
E foi justamente por causa desses experiências frustrantes, que ela deseja cada vez mais inspirar mulheres a colocar o pé na estrada – ou no céu – e serem livres para estar onde elas simplesmente desejam. Com seis dicas, ela passa o recado:
1 – A opinião alheia
“Não se deixar influenciar pelas pessoas que desacreditam esse sonho, ou que acham que é algo muito perigoso para mulheres”;
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2 – Solidão ou liberdade?
“Não tenha medo de ir sozinha, a solidão parece assustadora, mas é com ela que você construirá um relacionamento melhor consigo própria”;
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3 – Pesquisa
“Pesquise muito antes de ir, hoje a internet fornece muitas informações e pode evitar muitos perrengues desnecessários;
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4 – Se adapte
“Saiba respeitar as demais culturas e se adapte aos costumes locais, porque é assim que experimentamos de verdade o estrangeiro e crescemos como seres humanos”;
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5 – É agora!
“Não deixe pra depois, às vezes vamos colocando outras coisas na frente do nosso sonho, ou da nossa vontade de viajar, pensando “quando tal coisa acontecer eu vou” e acabamos deixando a vida passar sem realizar aquilo que a gente deseja, o tempo pra você viver seu sonho tem que ser sempre agora”;
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6 – Vá!
“Por último, meu conselho seria: vá! A melhor experiência que você pode proporcionar a si mesma é mergulhar numa nova cultura, abraçar o desconhecido, conhecer melhor a si mesma através do contato com o outro, descobrir o seu verdadeiro potencial e o quão gigantesco é o mundo. Enfim, abrir os olhos e a alma, de verdade! Então, se inspire, acredite, planeja e vá”.
E se teve uma lição que Ieda aprendeu entre idas e vindas mundo afora, foi que o a sociedade nem sempre respeita a mulher que anda só. Mas se tem algo pelo qual ela luta, a liberdade de ir e vir com segurança é a principal delas.
“A mulher deve ser livre para viajar o mundo, ter objetivos de vida diferentes de apenas casar e ter filhos e que deve ter a certeza da segurança mesmo quando não está acompanhada de um homem, e isso tem a ver com a visão geral de empoderamento, porque a maior parte dos riscos inerentes a viagem da mulher estão relacionados ao fato de ainda sermos vistas como objeto sexual e como propriedade do homem, por isso muitas vezes somos respeitadas somente quando acompanhadas, pois então possuímos um “dono”, cuja posse deve ser respeitada. Eu, como mulher, não posso aceitar ser apenas respeitada quando acompanhada, pois sou digna de respeito sozinha ou não, e quero o mesmo respeito para todas as outras mulheres”, pontua Ieda.
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