Slime é a moda entre os jovens e zera os estoques de água boricada nas farmácias

Já ouviu falar de slime? É uma geleca feita pela molecada e virou a nova febre. A massinha é feita com água boricada e cola.

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Os estoques de água boricada nas drogarias da cidade estão zerados. A causa dessa escassez felizmente não são ferimentos, mas crianças e adolescentes ávidos para produzirem slimes. Em busca pelo produto nas farmácias, os atendentes já até adivinham: “é para fazer slime, não é?” Mas você sabe o que é slime?

Slime nada mais é que a reinvenção da geleca ou aquele produto chamado de “amoeba”, popular há anos. A diferença é que agora há diversas receitas de massas de diferentes texturas e ela pode ser feita em casa.

Os ingredientes básicos são cola e borax ou água boricada com bicarbonato de sódio como ativador. Dependendo do resultado, são utilizados óleo corporal, sabonete líquido, hidratante, espuma de barbear e outros. Dependendo da forma de fazer e dos ingredientes utilizados, obtém-se diversos resultados. Além disso, itens como glitter, bolinhas de isopor e outros objetos minúsculos podem ser adicionados para dar diferentes texturas e aparências.

Para ser perfeita, uma slime precisa ser “clicky”, ou seja, fazer barulhinhos. Manuseá-las, ou ver alguém as manuseando, é altamente satisfatório e desestressante, prova disso são os inúmeros vídeos no Instagram e YouTube, muitos deles com milhares de visualizações.

Assista a um deles.

Jovens empreendedores de slime

A febre está tão grande que já existe comércio para este produto. Misturas são vendidas em lojas e sites de vendas. O mais interessante, no entanto, são crianças e adolescentes produzindo a massinha para vender entre amigos e na escola.

Sarah Santos de Alexandre, de 13 anos, estudante do 8º ano, é uma das “empreendedoras” do mundo das slimes e a mãe, a pedagoga Jane Santos de Alexandre, a apoia nesta empreitada. “Ela sempre gostou e queria fazer pra ela. Quando viu que todo mundo vendia na escola, resolveu vender também para ganhar um dinheirinho”, diz .

Há algumas semanas Sarah começou a fazer as primeiras massinhas e vende para os colegas do irmão e amigos. “Na minha sala já tem outros alunos que vendem”, explica. Após as primeiras, a estudante já aprimorou seu produto. “O primeiro demorou para chegar no ponto. O segundo tentei fazer mais rápido, mas percebi que tenho que ser paciente. Os últimos ficaram bons”, conta.

“Eu apoiei, comprei os ingredientes e potes. É bom que ela vai tendo noção de trabalho e responsabilidade, ver o valor do trabalho. Já recebeu algumas críticas. É bom pra trabalhar com frustrações, com críticas. É uma oportunidade de falar com ela, o produto tem que ser de qualidade”, analisa a mãe.


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