Vegetarianas criam cozinha do tema e investem em pratos artesanais que dão água na boca

Flor do Mato é feito com as mãos e com amor

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Flor do Mato é feito com as mãos e com amor

Diferente de como pensam, a turma dos vegetarianos não optou em não consumir carne apenas por modismo. Além de ter inúmeros alimentos que substituem a proteína, o conceito de comer melhor e de maneira saudável é um dos objetivos principais de quem faz esta escolha.

Para as amigas e sócias Stephani Guerra, 27 anos e Isadora Mayrink, 24 anos, a coisa é muito mais embaixo. Ambas são vegetarianas há mais de cinco anos e, toda vez que iam em algum lugar para comer, sentiam-se violadas.

“Hoje não mais, mas antigamente, quando a vida saudável não estava tão na moda assim, a gente comida arroz, vinagrete, mandioca e shoyu para dar um gostinho no churrasco; ou comia sempre a chipa na padaria e, quando ia em restaurante, investia nas saladas”, brincam.

Pensando nisso, as duas criaram a Flor do Mato Cozinha Vegetariana que, diferente da moda, investem num cardápio vegano e com alimentos mais naturais possíveis, ou seja, sem ser industrializado. Vale lembrar que a Flor do Mato saiu de um coletivo de pessoas que pensavam e eram adeptas da culinária. Atualmente, ela se restringiu apenas a cozinha das duas amigas.

“Temos uma filosofia de vida, que é comer de maneira mais saudável, respeitando aquilo que consumimos e principalmente, uma preocupação com o valor nutricional do prato; penso que quanto menos você consumir e produzir carne, melhor para o corpo, pra alma e pra mente”, diz Isa, que é mineira.

Para conhecimento, o vegano é aquele que opta em não consumir absolutamente nada de derivado animal. Não come nem ovos, leite de vaca, queijos e nem manteiga. Não precisa dizer que a pessoa vegana também não come carne e, segundo as empresárias, dá para viver assim.

“Tudo que vendemos é 100% vegetal. Nossa comida é artesanal, feita na nossa casa e tudo passa pelas nossas mãos; os alimentos usados na nossa comida são naturais e substituímos por outros que muitas vezes, sai mais em conta do que alguns alimentos vendidos no mercado e priorizamos a qualidade da alimentação saudável, sem corantes, conservantes e com o mínimo de produtos industrializados possível”, argumenta Stephani, que é paulista.

Cardápio Variado

Com a hashtag ‘feito com as mãos’ e ‘feito com amor’, elas publicam diariamente as produções artesanais que fazem e, diga-se de passagem, dão água na boca. O bolo de festa é 100% vegetal, não leva leite e nem ovos na massa e é coberto por cacau com morangos. Outra novidade que as meninas fazem, está no bombom de ahimsa, feito à base de amendoim, linhaça, aveia, cacau e mel ou melado, tem de ameixa e castanha-do-pará também.

Segundo Isa, o bombom ahimsa é de origem africana e foi desenvolvido para acabar com a desnutrição da África. Já para salgar o paladar, o carro chefe da Flor do Mato é o pão desqueijo, que assim como o pão de queijo, é redondinho só que feito de mandioca e também, a variedade das tortas e empadas, que são recheadas com antepasto de berinjela, palmito, abóbora entre outros.

Além de fazerem encomendas, com dois dias de antecedência – vide cardápios na página da Flor do Mato no Facebook, Isa e Stephani abriram outro leque da sua cozinha. A partir deste ano, começaram a atender eventos, coffee breaks, almoços, aniversários infantis e já tem até um casamento agendado.

“Por incrível que pareça nossa clientela não é vegetariana; a maioria das pessoas que nos procuram, são pessoas que optam por se alimentar bem; dia desses fizemos um coffee break num escritório de advocacia, que afirmou que todos lá estavam de dieta [risos], ou seja, estão comendo de maneira saudável e para nós, isso é uma vitória da culinária saudável”, explica Stephani.

Sobre as opções do vegetarianismo, diferente de como foi imposto, amplia-se o horizonte e não se limita. “Hoje temos uma maior quantidade de adeptos, não é tão visto como um tabu e diferente de como pensam, a visão de quem segue a risca, a alimentação vegetariana, vegana ou até a ovolactovegetariana é bem mais ampla; as pessoas estão focadas em uma qualidade de alimentar-se; isso independe da faixa etária, acredito que o amadurecimento vem da informação”, complementa Isa.

 

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