Com fronteira fechada e dólar nas alturas, comerciantes apostam em delivery para driblar crise
A divisa entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, no Paraguai, está fechada há mais de um mês e o maior centro de compras dos sul-mato-grossenses está temporariamente indisponível. Tanto pela fronteira fechada como pelas lojas que estão de portas baixadas devido a pandemia do Covid-19, o novo coronavírus. Uma das formas de tentar driblar […]
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A divisa entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, no Paraguai, está fechada há mais de um mês e o maior centro de compras dos sul-mato-grossenses está temporariamente indisponível. Tanto pela fronteira fechada como pelas lojas que estão de portas baixadas devido a pandemia do Covid-19, o novo coronavírus.
Uma das formas de tentar driblar a crise é fazer entregar delivery no lado paraguaio. No entanto, o serviço de entrega nas casas dos clientes não tem sido o suficiente para ajudar os comerciantes.
Conforme o presidente da Câmara de Comércio de Pedro Juan Caballero, alguns poucos lojistas estão se virando como podem e optaram em fazer entregas de diversos produtos. A esperança dos comerciantes é que a quarentena possa enfim acabar e a rotina volte ao normal.
Mas de acordo com Victor, a solução seria a abertura da fronteira, haja vista que os clientes são, na maioria, brasileiros em busca de produtos importados e mais baratos. “O faturamento está zero. Alguns fazem delivery, mas não é nada. No dia 25 de maio algumas lojas vão abrir, mas a fronteira continuará fechada”, disse.
Apesar de esperarem a abertura da fronteira com o Brasil ser liberada, os comerciantes paraguaios poderão se deparar com baixo movimento pois, o dólar, moeda americana usada nas vendas, tem ultrapassado os R$ 5,70, fazendo com que os brasileiros reflitam mais na hora de comprar.
Fronteira fechada
A fronteira do Paraguai com o Brasil foi totalmente fechada no dia 25 de março e, antes da medida dos governos, o lado paraguaio enfrentou uma quarentena de 15 dias diante do primeiro caso de Covid-19 no lado paraguaio.
Durante a quarentena, os comerciantes viram suas vendas despencarem cerca de 40% e, na ocasião, o dólar custava R$ 4,75.
Com o total bloqueio das fronteiras, militares do exército paraguaio trancaram os acessos para o Brasil no dia 25 de março. Com arame farpado e pneus, a linha internacional que é apenas uma rua que separa a cidade de Ponta Porã, a 346 km de Campo Grande, da cidade vizinha, Pedro Juan Caballero, no Paraguai, foi totalmente fechada e está sendo monitorada pelos militares.
O fechamento das fronteiras começou, inclusive, uma semana antes do bloqueio total, como medida de evitar a disseminação do novo coronavírus. O Paraguai intensificou a fiscalização nessas áreas, com medidas drásticas para impedir a passagem de estrangeiros, também minimizar o risco de contaminação. O Paraguai chegou a abrir valas na cidade de Ypejhú, na fronteira com o município sul-mato-grossense de Paranhos.
No país vizinho foi adotado toque de recolher nas cidades fronteiriças, das 20 horas da noite às 4 horas da manhã, além disso, o exército fechou rotas de entrada no país, determinou também o fechamento de estabelecimentos comerciais e escolas.
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