Pular para o conteúdo
Cotidiano

Com saúde precária, programa para ‘apadrinhar’ unidades não deslancha em três anos em Campo Grande

Com objetivo de ajudar na manutenção de unidades de saúde, projeto não atraiu interessados
Thalya Godoy -
UPA Coronel Antonino possui médicos nesta terça-feira. (Arquivo, Midiamax)

O programa municipal “Adote a Saúde” não recebeu nenhuma proposta de empresários ou da sociedade civil para “apadrinhar” uma unidade de saúde da Capital desde a criação do projeto, há três anos e quatro meses. 

A Lei nº 6.278 foi sancionada em setembro de 2019 e, até hoje, não teve interessados, mesmo durante os momentos mais severos da pandemia de , em que o sistema de saúde passou por momentos críticos e Mato Grosso do Sul enfrentou até falta de leitos.

“A lei ainda está vigente, contudo para a adoção da saúde, seja de uma unidade ou de parte dela, é necessário apresentar um projeto e, não houveram desde então munícipes ou empresas interessadas na apresentação destes planejamentos”, afirmou a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) ao Midiamax

Como o programa pode ajudar a saúde?

O projeto foi proposto pelo então vereador e hoje deputado estadual João César Matogrosso (PSDB), em coautoria com os ex-vereadores Odilon de Oliveira Jr (PSD) e Dr. (MDB).

A ‘adoção’ de uma unidade de saúde seria uma boa ação dos empresários ou da sociedade civil organizada para ajudar na das unidades básicas de saúde de .

De acordo com o artigo dois da lei municipal, a participação no programa pode ser realizada por meio da doação de equipamentos e materiais, reformas e ampliação das UBSs e conservação e manutenção das unidades de saúde. 

A lei também prevê a possibilidade de estabelecer termos de cooperação com pessoas jurídicas interessadas em adotar uma unidade de saúde.

No documento, devem constar informações sobre os objetivos e limites do adotante, as atribuições jurídicas do adotante e o prazo de vigência. A adoção pode acontecer de forma integral ou parcial a depender do tipo de interesse em contribuir com a UBS. 

A cada 120 dias, o adotante também deve apresentar uma prestação de contas sobre os investimentos realizados e as melhorias promovidas.

“É de exclusiva responsabilidade do adotante a execução de projetos com verba, pessoal e materiais próprios, bem como a conservação e a manutenção das unidades de saúde, obedecendo-se estritamente ao termo de cooperação celebrado”, prevê o quinto artigo. 

Porém, a lei também prevê que o programa “Adote a Saúde” não retira a responsabilidade e competências da Prefeitura Municipal sobre a gestão da saúde.

Além disso, a pessoa ou empresa que apadrinhar total ou parcialmente a unidade de saúde não pode prejudicar ou interferir nas competências da Prefeitura sobre saúde. 

Há contraproposta?

De acordo com a Lei nº 6.278/2019, a única contraproposta oferecida no programa está no sexto artigo, que prevê a possibilidade de publicidade “alusiva ao acordo celebrado”, após assinatura dos papéis. As despesas da veiculação são de responsabilidade do adotante. 

O parágrafo único do artigo que trata da publicidade, proíbe que sejam utilizados “nomes, símbolos ou imagens que, de alguma forma, descaracterizem o interesse público e se confundam com promoção de agentes públicos com natureza pessoal”. 

Clique aqui e leia a lei que instituiu o programa “Adote a Saúde”. 

Várias unidades de saúde precisam de manutenção

O Midiamax publicou em 27 de janeiro que um ventilador de teto caiu e atingiu uma enfermeira durante atendimento na CRS (Centro Regional de Saúde) Coophavila II. A profissional ficou com um ferimento no pescoço. 

Em maio do ano passado, o teto da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Universitário não resistiu após fortes chuvas e despencou, inundando a sala de imunização.

Dois meses antes, em março de 2022, imagens enviadas por leitores mostram a UPA Santa Mônica com o piso alagado também depois de um dia de chuvas. 

Chuva não foi o único transtorno meteorológico que as unidades de saúde enfrentam. 

A UBS da Vila Carlota teve o telhado arrancado após vendaval, o que suspendeu os atendimentos à população no período da manhã em 20 setembro de 2022. 

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Governo de MS autoriza pagamento de diárias a servidores da UEMS

Apostas online

Jovens estão atrasando a faculdade porque gastam o dinheiro em bets

Interdições

A ponte quebrou? Festas julinas causam 50 interdições neste fim de semana; confira trechos

Prefeitura pede na Justiça prazo maior para analisar perícia do Consórcio Guaicurus

Notícias mais lidas agora

Rixa antiga e denúncia de trabalho escravo: o que se sabe de fazendeiro que matou vizinho em MS

Prefeitura pede na Justiça prazo maior para analisar perícia do Consórcio Guaicurus

Antes do Samu, vidas dependiam do ‘improviso’ de socorristas em Campo Grande

UPA de Dourados recebe 80 novas cadeiras para atendimento ao público

Últimas Notícias

Cotidiano

4 meses após condenação por estupro, professor da UFMS é afastado por mais 60 dias

O docente está afastado desde março, sem prejuízo à remuneração, para a realização de Processo Administravo Disciplinar

Famosos

Carlinhos Maia admite ter traído Lucas Guimarães: ‘Fui perdoado’

Sincerão, Carlinhos Maia falou sobre a possibilidade de ser traído e voltou a confessar que já teve um caso extraconjugal durante o casamento

Cotidiano

Vai sair? Confira as interdições desta sexta-feira em Campo Grande

As interdições são realizadas em razão de eventos, como festas julinas

Polícia

Polícia descobre galpão de produtos contrabandeados no Santo Eugênio em Campo Grande

Dois foram presos