Nos últimos 4 anos, MS teve aumento de 81% nas multas aplicadas em quem dirigia com pneus carecas
Pneus carecas podem ter sido motivo de acidentes com mortes em MS nesta semana
Fábio Oruê –
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Aquaplanagem, derrapagem ou instabilidade ao dirigir podem resultar em acidentes fatais nas ruas e rodovias e têm um fator em comum que é determinante para as situações: os pneus carecas.
Mato Grosso do Sul registrou um aumento de 81% nas multas aplicadas em motoristas que dirigiam ou pilotavam com pneus carecas, nos últimos quatro anos. Conforme dados do Detran-MS (Departamento de Trânsito de MS), o número de aplicações saiu de 1,5 mil em 2019 para 2,8 mil em 2022.
Um pneu careca perde as características originais e não tem o atrito da borracha com o solo, que é fundamental para a segurança. De acordo com o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), dirigir com pneu careca é infração grave, passível de multa de R$ 195,23 e cinco pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação), além da retenção do veículo ao Pátio do Detran.
Além disso, 2023 já ultrapassou os números registrados em 2019 e 2020. Ainda segundo os dados do órgão estadual, apenas de janeiro a junho foram aplicadas 1.670 multas graves por razão de pneus carecas.
Causa de acidentes
A condição dos pneus da moto Biz envolvida no acidente da BR-163 contra uma carreta Scania, na quarta-feira (12), pode ter contribuído para colisão que ocasionou a morte de um casal, segundo informações da PRF (Polícia Rodoviária Federal).
Na quinta-feira (13), família que ia para a Bolívia capotou o carro na BR-262, entre Anastácio e Miranda. A suspeita é que o carro aquaplanou antes de capotar diversas vezes, mas a PRF informou ao Jornal Midiamax que ainda investiga.
O motorista, de 34 anos, morreu no local e uma criança de 7 anos foi socorrida em estado grave, sendo encaminhada para Campo Grande. A esposa da vítima fatal e mãe da criança foi socorrida para o Hospital de Aquidauana. O quarto ocupante do veículo, um bebê de 2 anos, utilizava o bebê conforto e saiu ileso.
Pneu tem data de validade?
Segundo o borracheiro Ruimar Osório de Paiva Junior, que atua no bairro Cruzeiro, a recomendação geral é de troca a cada 60 mil quilômetros rodados. O olhar do condutor antes de assumir a direção é primordial para verificar a vida útil do item durante a rotina, conforme noticiado pelo Jornal Midiamax.
A forma mais eficiente para determinar a manutenção é observar os sulcos, conhecidos como os riscos na borracha. Os sulcos são responsáveis por aumentar a aderência do pneu com o asfalto.
A maioria decide fazer a troca quando os pneus estão “carecas”, entretanto, o item tem data de validade, descrita de máximo cinco anos após ser fabricado, que fica na lateral com a sigla “DOT” (Department of Transportation), e os quatro dígitos de fabricação, com a semana e ano.
O condutor deve ficar atento às descrições do produto. Outra dica é realizar visitas periódicas ao borracheiro ou mecânico de confiança. Bolhas, riscos ou furos podem ser sinais de erros, o condutor deve ficar atento a danos na estrutura da borracha, que pode ser um risco para a segurança.
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