MS terá 290 escolas monitoradas em tempo real para evitar escalada da violência
Medida faz parte de pacote de ações que será anunciada na próxima semana pelo governo do Estado
Gabriel Maymone –
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Em meio a aumento de casos de violência em escolas estaduais em Mato Grosso do Sul, o governo do Estado anunciou que prepara pacote de ações para promover a segurança nas instituições. Entre as medidas, está a ampliação para 290 o número de escolas que serão monitoradas em tempo real por meio de câmeras e sistema eletrônico de vigilância.
O pacote está sendo preparado em meio a uma escalada da violência nas escolas em todo o país, com casos em Mato Grosso do Sul. Foram ocorrências de briga com esfaqueamento, ameaças de massacre, alunos pegos com canivetes e aluno golpeado com tesoura. Tudo isso num intervalo de duas semanas.
Em nota, o governador Eduardo Riedel afirma que determinou que as secretarias de segurança e educação sigam em busca por melhorias e soluções para garantir a proteção de alunos e funcionários.
O monitoramento em tempo real funcionará da seguinte forma: Cada escola tem de duas a oito câmeras, de acordo com o tamanho da unidade. No local ainda há o controle de acesso (fechadura eletrônica) e sistema de alarme. O diretor de cada unidade tem acesso às suas imagens e pode acionar a Central pelo aplicativo. A maior parte das ocorrências são pedidos de manutenção e os principais problemas envolvem furtos e casos de vandalismo.
Ainda conforme a nota do governo, já é realizada ações em 22 escolas de 6 cidades, que conta com orientações, treinamentos, formações e palestras nas unidades, envolvendo mais de 1 mil profissionais. A atuação também engloba resposta efetiva em situações que envolvam a entrada de pessoas estranhas no ambiente escolar e ocorrências que possam resultar em risco para estudantes e servidores.
Ameaça de massacre ocorreu em Escola Estadual. (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)
Além disso, já existe a ronda escolar, que é realizada pela PM e atende 128 escolas da rede estadual e municipal de Campo Grande. O programa teve início em março deste ano.
Até o ano passado eram atendidas 31 escolas estaduais e 29 municipais, mas desde o início de março deste ano são, respectivamente, 78 e 55 unidades escolares atendidas.
Escalada da violência em escolas
No dia 23, um aluno causou pânico na Escola Estadual Teotônio Vilela, ao ameaçar funcionários e colegas com um simulacro de arma de fogo. O jovem de 15 anos foi imobilizado pelo diretor.
Em Jardim, no dia 23, aluno de 10 anos foi atingido por um golpe de tesoura dada por um colega de sala na Escola Estadual Coronel Pedro José Rufino. O estudante foi golpeado na coxa, mas sem gravidade.
Equipes do Batalhão de Choque e da Polícia Militar da área foram acionadas para reforço na Escola Estadual Dr. Arthur de Vasconcellos Dias, no Bairro Estrela do Sul, no dia 28, após ameaça de que ocorreria um massacre na unidade escolar. Este caso aconteceu um dia após ataque em São Paulo em que uma professora foi morta e outras cinco pessoas ficaram feridas.
Na Escola Estadual Dr. João Leite de Barros, em Corumbá, uma aluna de 15 anos esfaqueou outra durante uma briga na saída da aula, na quarta-feira (29 de março).
Por fim, nesta quarta-feira (05), há casos de ameaças de massacre em escola de Campo Grande, em que alunos foram revistados e há apreensão de adolescentes com uma adaga, após terem plano de ataque ao IFMS de Coxim frustrado.
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