Onça-pintada e ‘amigos’ taxidermizados assumem nova morada no Bioparque Pantanal
Onça-pintada, ícone do Pantanal, já está em exposição
Ranziel Oliveira, Fábio Oruê –
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Os animais taxidermizados em Campo Grande já estão em sua ‘morada eterna’ no Bioparque Pantanal. Os animais foram entregues pela PMA (Polícia Militar Ambiental) e colocados para exposição, na tarde desta segunda-feira (4).
Uma das estrelas, a onça pintada, foi vítima de atropelamento, no dia 22 de março na BR-262, a 5 km do perímetro urbano de Miranda. Além dela, uma arara-canindé, um tucano e o filhote de anta também agora ‘moram’ no local, também conhecido como Aquário do Pantanal.
A arara morreu eletrocutada e o filhote de anta estava na barriga da mãe quando ela foi atropelada. Os médicos retiraram o bebê-anta para a taxidermização.
Conforme o tenente da PMA, Ari Weys, o processo de taxidermização durou cerca de13 dias e depois, mais 40 dias para secar o couro do animal e finalizar a técnica. “Foram 26 pessoas envolvidas, da PMA, da UCDB [Universidade Católica Dom Bosco] e Cras [Centro de Reabilitação de Animais Silvestres]”, disse ao Jornal Midiamax.
“Todo animal tem sua importância, desde o topo da cadeia, como a onça , até um roedor. A anta é um dispersor de sementes, os tamanduás são controladores de insetos e a onça para controlar os animais pequenos. Qualquer animal faz diferença no todo”, explica a tenente da PMA, Eveny Parrella, sobre a importância da preservação.
O processo de taxidermização é minucioso e artesanal. Acadêmicos de Ciências Biológicas e Medicina Veterinária da UCDB participaram de todo o procedimento. Para saber sobre essa técnica, basta clicar aqui.
Onça atropelada
A onça-pintada é um macho adulto, que foi resgatada após morrer atropelada, às margens da rodovia. Motoristas que passavam pelo local acionara a PMA, informando que o animal estava caído e aparentando estar machucado. O felino apresentava ferimentos na região da cabeça e outras características.
O que fazer em caso de atropelamento?
A PMA orienta às pessoas, que não existe crime ao atropelar um animal sem intenção. No caso, o procedimento correto é parar o veículo em local seguro e, com segurança, verificar se o animal está morto. Se não estiver, ligue para a PMA e peça socorro, “porque toda vida tem um sentido e vale a pena”, afirma a PMA em nota.
Se ele estiver morto e estiver na pista de rolamento, com segurança, retire-o para o acostamento, para evitar que outro usuário da rodovia possa vir a se acidentar e, às vezes, até matar a si e sua família, em novo possível acidente, que esta atitude simples poderia evitar.
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