Os que atuam na rede pública de saúde de votam, nesta quarta-feira (30), nova proposta enviada pela Prefeitura Municipal. O novo documento foi entregue na manhã de hoje. Em caso de recusa, a categoria entrará em greve na manhã desta quinta-feira (31).

Vale lembrar que a categoria já havia decidido pela greve na última sexta-feira (25). Na data, a já havia decidido pela paralisação, a mudança ocorreu por conta do novo documento apresentado pelo executivo municipal.

De acordo com o presidente do Sinte (Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem de Campo Grande), Ângelo Macedo, a nova proposta será apresentada e votada durante assembleia às 19h30 de hoje. Caso seja recusada, o cronograma da paralisação continua.

Ângelo explica que a paralisação irá afetar toda a rede de urgência e atenção básica do município. Vale lembrar que, por se tratar de uma categoria que exerce serviço essencial, 30% dos profissionais devem permanecer atendendo serviços de urgência e emergências nas UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) e CRSs (Centro Regional de Saúde).

Reivindicações para não iniciar greve

A categoria alega o não cumprimento de acordo para o pagamento do adicional de insalubridade.  De acordo com Ângelo Macedo, as negociações sobre o assunto ocorrem desde o ano passado, mas categoria e executivo não chegaram a um acordo.

“Estávamos em negociação sobre o anual e outro que versava sobre a insalubridade. Esse acordo teria regulamentado o decreto da insalubridade até novembro de 2021 e os pagamentos ocorreriam a partir de 2022”, alegou Macedo.

O presidente sindical explica que o reajuste foi pago conforme a lei, mas o acordo sobre a insalubridade da categoria não, fato que levou o sindicato a exigir uma compensação indenizatória, pois um acordo com cláusula fiscal não resultaria em pagamento para os enfermeiros.

“Pedimos que seja regulamentado [o acordo sobre pagamento do adicional de insalubridade], mesmo com cláusula fiscal, nós teremos ele regulamentado. Já é um passo. Ainda com essa regulamentação, não teremos um aporte financeiro, por isso pedimos essa compensação indenizatória”, explicou Macedo.

A categoria também exige a demissão de funcionários comissionados “porque conforme a lei de responsabilidade fiscal é uma exigência para ajuste das contas públicas”, disse o presidente do Sinte.