Lagarto australiano e cobras exóticas apreendidas pela PF na Capital estão em universidade

O lagarto Pagona, conhecido como dragão-barbudo, e mais 8 cobras exóticas, apreendidas durante a Operação Marrakech, em Campo Grande, na última semana, estão recebendo tratamento no biotério da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco). Segundo a coordenadora do CEAS (Comissão Estadual de Animais Silvestres) do CRMV-MS (Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Su…

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O lagarto Pagona, conhecido como dragão-barbudo, e mais 8 cobras exóticas, apreendidas durante a Operação Marrakech, em Campo Grande, na última semana, estão recebendo tratamento no biotério da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco).

Segundo a coordenadora do CEAS (Comissão Estadual de Animais Silvestres) do CRMV-MS (Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul) e do biotério, Paula Helena Santa Rita, a fauna do Estado é totalmente diferente do habitat natural das espécias apreendidas.

“Não tem como a gente reintroduzir animais exóticos na fauna local. Ele deu entrada no biotério, onde ele vai permanecer até o resto da vida. É um animal de criação ilegal, não é permitido pela lista do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). Estamos preparando um material junto a Comissão de Animal Silvestre, sobre os animais exóticos que são permitidos no Brasil, para deixar muito claro”, explicou.

O lagarto barbudo é uma das espécies mais procuradas por aqueles que gostam de criar répteis, por se um animal dócil, de temperamento tranquilo e comportamento interativo, porém, é necessário ter um rigoroso cuidado com a alimentação e espaço.

“Não temos como pontuar a ideia dele, é um adulto, ele já estava com a pessoa há 8 anos, estimamos que deva ter entre 8 a 9 anos. As, as pessoas utilizam folhiços como substrato, nesse caso, a pessoa utilizou uma areia de gato que é mais grossa para simular um piso para ele. Quando filhote, ele deve comer legumes e verduras, mas quando adulto come proteína, ele chegou aqui gordinho, mas está bem.”

Para se ter dimensão da gravidade, o clima do MS não é nada parecido com o clima da Austrália. Os animais que já estavam no biotério são da fauna local e não necessitam de adaptação, já os “recém-chegados”, precisaram ter um espaço preparado.

“Com a chegada deles, encomendamos a chamada luz lua, uma luz noturna, a desértica para emissão de calor. As cobras pítons tem uma outra forma de alimentação, diferente das serpentes que mantemos para a extração de veneno, por exemplo, e também requer uma iluminação especial para proteger a pele entre outras coisas. São animais que mesmo no mercado negro, requerem muito investimento para manutenção para poder se ter a qualidade de vida”, disse

Além do lagarto forma aprendidas 8 cobras, sendo uma píton birmanesa e Corn Snake, conhecida como cobra-do-milho.

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