Isolamento social em MS melhora e é o 9º pior do país; Campo Grande é a 2ª capital mais mal colocada

Taxa de isolamento social na quarta-feira chega a 38,05% no Estado e a 37,12% em Campo Grande, mesmo com queda na temperatura.

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Marcada pela queda de temperatura e tempo nublado, a quarta-feira (8) também registrou melhora nas taxas de isolamento social de Mato Grosso do Sul, que chegou a 38,05% e se colocou como a 9ª pior do Brasil na medida de enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19).

No dia anterior, o Estado registrou a segunda taxa mais baixa do país, posição que Campo Grande repetiu no ranking das capitais, medido pela consultoria In Loco a partir da movimentação do sinal de telefones celulares e divulgado nesta quinta (9).

A melhora de Mato Grosso do Sul também está atrelada à piora de outros Estados. Como tem sido comum, Tocantins (33,97%) e Goiás (37,05%) aparecem com os piores índices; seguidos de Minas Gerais (37,07%), Espírito Santo (37,2%), São Paulo (37,42%), Pará (37,52%), Roraima (37,83%) e Maranhão (37,96%).

Mato Grosso do Sul também ficou abaixo da média nacional, de 38,8%. Acre (42,11%), Rio Grande do Sul (41,92%) e Piauí (41,74%) aparecem nas primeiras posições.

Campo Grande, por sua vez, repetiu a segunda pior posição do ranking das capitais, com taxa de 37,12% de isolamento social –atrás apenas de Palmas (TO, 33,45%) e empatada com São Luís (MA). Porto Alegre (RS, 45,1%), Teresina (PI, 42,71%) e Rio Branco (AC, 42,37%) tiveram os melhores índices.

Em Campo Grande, medidas de isolamento social contra o coronavírus são ampliadas

Todos os Estados e capitais ficaram abaixo de 60%, índice considerado ideal para que o isolamento social funcione como meio de controlar a proliferação do coronavírus. Sem sair de casa, a pessoa evita contato com quem porta o micro-organismo ou não o passa adiante, caso tenha sido infectada.

O problema é que essa taxa de isolamento dificilmente é atingida nos grandes centros, mesmo com as medidas adotadas para evitar aglomerações e a movimentação das pessoas.

Em Campo Grande, a quarta-feira também marcou o início do novo horário de toque de recolher (que agora começa às 20h) e as novas restrições de lotação das atividades comerciais (restritas a 40% da capacidade, ante os 60% que antes estavam liberados).

As medidas foram tomadas com a cada vez mais crescente ocupação de leitos hospitalares, que levaram o município a buscar vagas na rede privada e em outros hospitais. Referência para a Covid-19, o Hospital Regional fechou a quarta-feira com 94% dos leitos críticos ocupados –dos 83, apenas 5 estavam livres.

Em MS, só uma cidade registrou taxa de isolamento social maior que 60%

Entre os municípios do Estado, Japorã atingiu a marca de 61,1% de isolamento social. Santa Rita do Pardo teve marca de 56,2%; Juti, de 55,6%; Aral Moreira, 54,3%; e Tacuru, com 54,1%, tiveram os melhores percentuais do Estado.

Por outro lado, Rio Negro registrou taxa de isolamento de apenas 23,3%; com Sonora e Deodápolis anotando 29,9% cada. Inocência viu 31,7% de seus moradores ficarem em casa; enquanto Vicentina, com 32,9%, completa a relação dos cinco piores isolamentos sociais do Estado.

O percentual de Campo Grande foi o 19º pior entre os 79 municípios do Estado. Dourados, com 41,1%, teve a 34ª melhor marca –os dois municípios são os que têm mais casos e óbitos por coronavírus.

Nesta quinta-feira, Mato Grosso do Sul totalizou 11.671 casos positivos de coronavírus, com 7.629 pacientes recuperados, 3.906 em isolamento domiciliar e 227 internados, além de 136 mortes.

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