Grupo que jogou spray em mulheres no Terminal Morenão é ‘elite’ da Guarda Municipal
O grupo que atuou no protesto de mulheres no Terminal Morenão na manhã desta sexta-feira (15) é considerado a ‘elite’ da GCM (Guarda Municipal Metropolitana) em Campo Grande. Durante a atuação no protesto, que envolvia em sua maioria domésticas, o grupo atuou com sprays e apontou arma para as manifestantes. O GPI (Grupo de Pronta […]
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O grupo que atuou no protesto de mulheres no Terminal Morenão na manhã desta sexta-feira (15) é considerado a ‘elite’ da GCM (Guarda Municipal Metropolitana) em Campo Grande. Durante a atuação no protesto, que envolvia em sua maioria domésticas, o grupo atuou com sprays e apontou arma para as manifestantes. O GPI (Grupo de Pronta Intervenção) é composto por guardas que passaram por treinamento do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) do Rio de Janeiro.
Há dois meses, a Guarda anunciou que o GPI atuaria em eventuais situações consideradas extremas, como aglomerações, invasões e desocupações. O grupo atuou nesta sexta-feira (15), durante um protesto de mulheres no Morenão, que estavam revoltadas com a falta de ônibus. Elas fecharam a passagem dos ônibus para chamar a atenção do Consórcio Guaicurus, não respeitou o horário da linha 070 e 072, atrasando-as para o trabalho.
O GPI, além do treinamento do Bope do Rio, ainda tem equipamentos diferenciados em relação aos outros guardas municipais: uniforme diferenciado, coletes à prova de balas e utilizam armamentos específicos, como pistola 380, espingardas calibre 12, granadas de efeito moral e armamento do calibre .40.
O grupo ainda atuou com o uso de spray contra as mulheres que protestavam no Morenão. Regina Lúcia, uma das trabalhadoras atingidas com o spray no olho estava revoltada com a falta de respeito e ainda conta que teve uma arma apontada para seu rosto.
Ao Jornal Midiamax, a Guarda Municipal explica que a atuação foi feita para liberar os ônibus no terminal. Segundo o órgão, mesmo que a manifestação seja entendida como pacífica pelos envolvidos, é preciso dispersar para permitir o ir e vir dos passageiros.
A Guarda ressalta que todo cidadão tem o direito de se manifestar, contanto que não atrapalhe o direito dos outros de transitar. “A Guarda agiu como [age] em toda manifestação que ocorre. Se extrapola o direito de passagem, de ir e vir, temos que intervir. Elas estavam na pista, isso não pode”. No entanto, um vídeo registrado pelo Midiamax mostra os guardas utilizando o spray quando passageiras já estavam fora da pista.
Segundo a GCM, o spray de pimenta foi utilizado no ar e não direcionado às pessoas. Em posicionamento, a Guarda informa que o material é o menos letal e é utilizado para dispersão de pessoas.
Aulas de etiqueta e linguagem não violenta
Vale lembrar que ainda na quinta (14), guardas foram convocados para um curso de ética, etiqueta e bem receber. Segundo a Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social), o objetivo é discutir a importância da ética, etiqueta e da linguagem não violenta entre os guardas.
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