Após repercussão, Marcopolo muda versão e diz que compra de ônibus ‘não estava no sistema’

Em nota enviada ao Jornal Midiamax na noite da sexta-feira (31), a empresa Marcopolo, fabricante de carrocerias de ônibus, mudou a versão oficial dada pela empresa ao anunciar  que a compra de 55 ônibus para repor veículos velhos do Consórcio Guaicurus que circulam vencidos em Campo Grande ainda não havia sido fechada. Na nota (confira ao […]

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(Do arquivo Midiamax)
(Do arquivo Midiamax)

Em nota enviada ao Jornal Midiamax na noite da sexta-feira (31), a empresa Marcopolo, fabricante de carrocerias de ônibus, mudou a versão oficial dada pela empresa ao anunciar  que a compra de 55 ônibus para repor veículos velhos do Consórcio Guaicurus que circulam vencidos em Campo Grande ainda não havia sido fechada. Na nota (confira ao final da matéria), a empresa alega que houve negociação, porém, admite que dados básicos sobre os veículos sequer foram definidos.

A empresa seria multada em R$ 2,7 milhões pela Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), mas teve a multa suspensa por 90 dias ao afirmar que a compra dos ônibus foi feita. O contrato está vigente desde a gestão do então prefeito Nelson Trad Filho (PSD) que atualmente é senador e apesar de apresentar inúmeras irregularidades ao longo dos anos, foi multada pela primeira vez na gestão de Marquinhos Trad (PSD).

A frota do Consórcio Guaicurus apresenta diversos problemas estruturais, como ônibus velhos rodando pela cidade, inúmeros casos de atrasos e lentidão, apesar de cobrar uma das tarifas mais caras do país para cidades de porte semelhante e ter isenção do ISSQN aprovada anualmente pela Câmara de Campo Grande.

Descaso com cláusulas 

No total, estão em circulação 550 ônibus e 57 na reserva. Desses, ao menos 48 veículos estão vencidos e 80 prestes a vencer. Por conta dessa situação, no início deste mês a Agência deu o prazo de 15 dias para que o Consórcio renovasse a frota, sob a pena de multa por desobediência ao contrato, no valor de R$ 2,7 milhões.

O Consórcio chegou a recorrer à Justiça para solicitar que uma perícia seja feita no contrato de concessão do transporte público da Capital. Na ação, a empresa alega enfrentar dificuldades econômicas causadas por “desajustes/fatos novos ocorridos após o contrato”.

Em entrevista no início da semana o diretor-presidente da Agereg afirmou que a prefeitura aguarda a decisão judicial para fazer uma possível revisão. O responsável por julgar o processo é o juiz Marcelo Andrade Campos da Silva, da 1ª Vara de Fazenda Pública e Registrou Públicos, que já determinou a notificação à Prefeitura.

Leia nota:

A Marcopolo esclarece que, diferentemente do que foi publicado no portal Midiamax, a compra de 55 novos ônibus efetuada pelo Consórcio Guaicurus está confirmada. Apenas a empresa está aguardando do cliente as definições técnicas dos veículos para que os mesmos possam entrar em produção. Sem essas configurações técnicas, tais como cores e revestimentos internos, prefixos de frota e esquema de pintura detalhado, entre outros, os veículos não entram na ordem de produção da fábrica e, então, não são lançados no sistema, o que gerou o desencontro na informação passada nesta manhã de sexta-feira (31/05) pelo assessor de imprensa da fabricante, em conversa telefônica com a repórter da referida publicação.

 

 

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