A três dias da segunda parte do Enem, estudantes descansam para se livrar do nervosismo

Faltam três dias para a segunda prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e os estudantes de Campo Grande tem optado relaxar antes da parte mais difícil do exame. Entre os alunos, a prova de exatas e biológicas é temida e motivo de preocupação. Para não perder a cabeça, a estratégia tem sido descansar. […]

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Faltam três dias para a segunda prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e os estudantes de Campo Grande tem optado relaxar antes da parte mais difícil do exame. Entre os alunos, a prova de exatas e biológicas é temida e motivo de preocupação. Para não perder a cabeça, a estratégia tem sido descansar.

A três dias da segunda parte do Enem, estudantes descansam para se livrar do nervosismo
Victória teme a prova de física, mas irá descansar no fim de semana. (Foto: Marcos Ermínio)

A estudante Victória Teles, de 17 anos, explica que ainda reforça os conhecimentos com videoaulas e com as apostilas pré-Enem, mas que a melhor estratégia é ficar calma. “Para mim, Física é a disciplina mais difícil. Tenho procurado ficar calma, ainda estudo, mas não tanto quanto antes”, explica.

A amiga Krissia Ellen também está nervosa com a segunda fase do exame, mas acredita que não é hora de ‘se descabelar’. A estudante tentou equilibrar os estudos e o descanso ao longo da semana, mas afirma que na sexta-feira (9) e no sábado (10) deve dar uma pausa nas leituras. “Temos muita coisa agora também, é muita pressão. Além do Enem, temos vários trabalhos para fazer, temos que estudar para prova da escola e há bastante conteúdo atrasado”, diz.

A três dias da segunda parte do Enem, estudantes descansam para se livrar do nervosismo
A poucos dias da prova, a estratégia é descansar e passar tempo com amigos. (Foto: Marcos Ermínio)

A postura dos estudantes é diferente do período antes da prova de linguagens. Enquanto semana passada os alunos pegavam pesado nos estudos e chegavam a ficar 15 horas por dia em frente aos livros, desta vez o nervosismo preocupa. “A gente tem que tentar relaxar um pouco, porque ficar nervosa no dia de exatas pode prejudicar ainda mais. São cerca de três minutos para fazer cada questão, são várias contas, para fazer bem a prova, tem que se manter concentrado”, afirma Victória.

A três dias da segunda parte do Enem, estudantes descansam para se livrar do nervosismo
Letícia sonha com uma vaga no curso de Fisioterapia. (Foto: Marcos Ermínio)

Letícia Gabrielly, de 17 anos, sonha com o curso de Fisioterapia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Para ela, a estratégia é estudar na escola e ainda reforçar o conteúdo em casa. “No último dia vou parar e descansar, acho que não é a hora de passar o dia inteiro decorando fórmulas”, diz.

Além de a segunda prova ser considerada a mais difícil, a frustração com o desempenho no primeiro dia também pode prejudicar. Em 2017, a taxa de abstenção no segundo dia do Enem foi de 32%, contra 29,8% do primeiro dia. Para Eduardo Calbucci, professor e um dos fundadores do Programa Semente, um dos motivos que podem levar à abstenção no segundo dia são os pensamentos que aparecem na semana posterior à aplicação do primeiro caderno. “Muitas vezes as emoções preponderantes na primeira prova são ansiedade e preocupação. Já na segunda, os candidatos podem apresentar sentimentos negativos como frustração e desânimo”.

Fabiana Araújo, de 19 anos, é um exemplo. A estudante conta que ainda não decidiu se realmente fará a segunda parte da prova. “Eu não tinha estudado muito, acho que não fui bem no primeiro dia. Ainda não tenho certeza do que farei, dependendo do resultado da minha redação nem iria adiantar fazer a parte de exatas”, explica.

A aluna Maria Cláudia, de 18 anos, conta que apesar de não estar confiante com o resultado da redação, desistir não é uma escolha desta vez. “Já estou no terceiro ano, não posso não fazer a prova. Ano passado eu era treineira, ainda podia me dar esse luxo”, afirma.

Para o professor Calbucci, o candidato deve focar no futuro e não ficar se preocupando com o resultado da primeira parte do Enem. “Às vezes, esse candidato descobre que, no fim das contas, não tinha ido tão mal no primeiro dia. Independente do que aconteceu na primeira prova, se alguma coisa não deu certo, é preciso transformar aquele erro em aprendizado e fazer com que aquilo não se repita”, atenta o professor.

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