Na reta final do Enem, estudantes mantêm rotina e chegam a estudar 15 horas por dia
A poucos dias do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), muita gente pode achar que não há mais tempo de estudar, mas os alunos das escolas públicas e particulares de Campo Grande não desanimam. A rotina continua e os estudantes não tiram os olhos dos livros antes da hora de dormir, chegando a até 15 […]
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A poucos dias do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), muita gente pode achar que não há mais tempo de estudar, mas os alunos das escolas públicas e particulares de Campo Grande não desanimam. A rotina continua e os estudantes não tiram os olhos dos livros antes da hora de dormir, chegando a até 15 horas de estudo.
A aluna Giovanna Macena, de 18 anos, estuda em uma escola particular de Campo Grande. Mesmo às vésperas do Enem, ela decidiu manter a carga horária e estuda desde as 7 horas até as 22 horas, quando interrompe as leituras para dormir. “Nesta semana estou dando bastante foco para a área de humanas, que é a prova de domingo”, diz. A estudante está nervosa com a chegada do exame, mas confiante em conseguir uma vaga na faculdade de Medicina na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
O colega de Giovanna, Filipe Coelho, de 17 anos, também resolveu reforçar a revisão dos conteúdos da área de humanas e afirma que está tranquilo quanto à prova, já que esta é sua terceira experiência no Enem. “Estou confiante, acredito que irei bem. A redação geralmente nos deixa mais nervosa, mas estou estudando temas recomendados pelos professores, como a questão indígena e preconceito linguístico”.
A diferença de sentimentos entre os estudantes de escolas da Capital é aparente. Enquanto nas escolas particulares, os alunos se mostram mais confiantes apesar da ansiedade, entre alunos de escola pública, o nervosismo vem em primeiro lugar. Alguns alunos contam que, apesar dos esforços dos professores em ensinar o conteúdo, a falta de interesse de boa parte da turma acaba atrapalhando as aulas. “Os professores tentam, mas tem muita gente desinteressada. A maioria dos estudantes estão sem foco, atrapalha a aula, o barulho é bem complicado”, conta João Paulo, de 18 anos, estudante de uma escola estadual de Campo Grande.
O estudante, que sonha com uma vaga no curso de Psicologia, explica que reforçou a rotina de estudos depois do meio do ano, quando ‘caiu na real’. “Agora, além da escola, estudo mais umas 4 ou 5 horas, já fui em aulões, comprei livros do guia do estudante, busquei estes livros na escola, tudo para conseguir me dar bem neste Enem”, conta. O colega José Eduardo, de 17 anos, serve como um impulso para a rotina. Juntos, eles revisam o conteúdo e sonham com uma vaga em universidade pública da Capital.
Wellington de Jesus, de 17 anos, estuda em escola estadual e reforça os conhecimentos em um cursinho popular de Campo Grande. Ele explica que está confiante por ter ido bem na escola e no cursinho, mas diz que é essencial saber estudar sozinho. “Além da escola e do cursinho, estudo mais umas seis horas. Para mim, aprendo mais estudando sozinho, o professor é para tirar as dúvidas”. Wellington sonha ser piloto de avião comercial e, para alcançar os objetivos, busca uma vaga no curso de Matemática.
Enquanto muitos alunos demonstram ansiedade e nervosismo, a estudante Ana Carolina, de 17 anos, prefere se manter calma. Ela estuda em um cursinho particular e afirma que mantém a rotina de estudos com quase 15 horas em frente aos livros, mas não quer se desesperar. “Acredito que tudo tem seu tempo, se não passar agora, uma hora eu vou. Sonho com uma vaga na USP (Universidade de São Paulo) ou Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), sei que vou conseguir”, afirma.
A estudante Mariana Vilazante, de 17 anos, conta que tenta manter a rotina de estudos, mas que não é o momento de forçar a barra. “Não tem por que se matar de estudar agora, estudei o ano todo. Estou nervosa, mas confiante de que conseguirei uma vaga em Direito no Paraná”.
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