Roubos e furtos no centro de Campo Grande levaram 50 para cadeia só no último mês
Quem trabalha na região da Santa Casa está preocupado
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A frequência da criminalidade na região central de Campo Grande tem preocupado quem precisa circular pelas proximidades da Santa Casa da Capital. De acordo com a Polícia Militar, só no mês de junho mais de 50 pessoas foram presas por roubos e furtos na região central.
Elissandra Costa, de 38 anos, teve sua moto, uma Yamaha Factor roubada no início do mês de julho, em frente a Santa Casa. “A sensação que eu tenho é que ali é onde eles fazem a compra, chegam, escolhem e levam”, afirma a funcionária do hospital.
A mulher trabalha no local há um ano e no dia do roubo tinha emprestado a moto para o seu filho que também trabalha ali. “A moto estava com meu filho, ele me ligou achando que eu tinha ido buscar, mas na verdade tinham roubado”, ressalta a auxiliar de copa.
Ela registrou o boletim de ocorrência e começou a buscar na internet em grupos do Facebook, e também nos aplicativos de venda, como OLX. “Parece que depois que roubaram minha moto vejo ela em todos os grupos, quando vejo uma Factor vermelha já acho que é a minha”, ressalta esperançosa.
Para quem trabalha na Santa Casa e imediações, o principal problema é a falta de estacionamento. “Temos que estacionar na rua, se quiser segurança tem que pagar. Nós já pagamos tanto imposto, tem que ter segurança”, afirma a funcionária.
Pontos críticos
As regiões mais críticas da cidade de acordo com a PM, são as proximidades Santa Casa e Orla Morena. De acordo com o comandante Claudemir Domingos Braz, a maioria dos registros de furtos de veículos na região terminou com o carro ou moto recuperados.
“Nós expedimos 52 mandados de prisão, existe o problema de tráfico de drogas no centro, eles precisam fazer dinheiro, nós apreendemos mais de 70 quilos de maconha no mês, tivemos registro de cinco furtos de carro e moto, conseguimos recuperar quatro, nós estamos trabalhando”, ressalta o comandante.
De acordo com Braz, o policiamento ostensivo tem sido realizado na região. “Nós trabalhamos com ronda constante, contamos ainda com o apoio do Bope, rádio patrulha”, conclui.
Para o comandante um dos desafios para diminuir esse tipo de crime é a forma de julgamento. “Nós prendemos o suspeito, ele passa pela audiência de custódia, dependendo do crime ele não fica preso”.
Sobre as medidas para evitar que a moto seja alvo de bandidos, o comandante dá dicas para travar a motocicleta, evitar deixar o veículo em ruas de pouco movimento e, sempre que possível colocar, em um estacionamento.
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