Índios aguardam liminar de reintegração de posse das fazendas Chaparral e São Jorge

Os índios da etnia Guarani Kaiowá que ocupam propriedades rurais no município de Japorã, distante 477 quilômetros de Campo Grande, aguardam liminar com o pedido de reintegração de posse das fazendas Chaparral e São Jorge. Conforme lideranças, a última decisão judicial informada seria o direito de manuseio do rebanho sob escolta da Polícia Federal em […]

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Os índios da etnia Guarani Kaiowá que ocupam propriedades rurais no município de Japorã, distante 477 quilômetros de Campo Grande, aguardam liminar com o pedido de reintegração de posse das fazendas Chaparral e São Jorge. Conforme lideranças, a última decisão judicial informada seria o direito de manuseio do rebanho sob escolta da Polícia Federal em uma das propriedades.

De acordo com o site A Gazeta News, a Justiça Federal ordenou a desocupação imediata das fazendas. O anunciou foi feita nesta sexta-feira (1), durante encontro entre produtores rurais para discutir a situação, realizado em Iguatemi, distante  466 quilômetros da Capital.

As liminares foram concedidas pela juíza federal substituta de Naviraí, Ana Aguiar dos Santos Neves. A decisão para reintegração da fazenda São Jorge é de terça-feira (29), e a da Chaparral é de quinta-feira (31). As duas propriedades foram ocupadas por índios da aldeia Yvy Katu (Porto Lindo).

Os proprietários da Chaparral, já haviam conseguido na Justiça o direito de realizar, sob escolta da Polícia Federal, o manuseio do rebanho e a manutenção periódica do local.  Pedro Fernandes, proprietário da Fazenda São Jorge (antiga Agrolack), conseguiu o direito de permanecer nas terras, sendo proibido o contato direto dos índios.

De acordo com a Funai (Fundação Nacional do Índio), os índios ocupavam entre os dias 25 e 28 deste mês nove propriedades no município e negam qualquer tipo de dano as instalações do locais com base em relatório da Polícia Federal. Os produtores rurais calculam 14 propriedades ocupadas.

A região ocupada é referente a Terra Indígena Yvy Katu, que compreende 9.494 hectares de área declarada, fundamentada em estudos antropológicos e perícia judicial, que identificaram a presença da etnia Guarani Kaiowá no local, no período da colonização da região. Na semana retrassada, o Ministério Público Federal requereu a ocupação definitiva pelos indí

genas e pediu o bloqueio imediato de R$ 3.218.028,17 dos cofres da União para a indenização à Agropecuária Pedra Branca, que usufrui de parte da área onde está localizada a terra indígena.

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