América Latina e Caribe receberam US$ 173,4 bi em investimento estrangeiro direto em 2012

A América Latina e o Caribe receberam US$ 173,4 bilhões de investimento estrangeiro direto (IED) em 2012, informou hoje (14) a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), da Organização das Nações Unidas. Trata-se do maior valor de IED que entrou até agora na região. O montante supera em 6,7% o registrado […]

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A América Latina e o Caribe receberam US$ 173,4 bilhões de investimento estrangeiro direto (IED) em 2012, informou hoje (14) a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), da Organização das Nações Unidas. Trata-se do maior valor de IED que entrou até agora na região. O montante supera em 6,7% o registrado em 2011.

Os principais receptores de investimento estrangeiro direto na região no ano passado foram o Brasil (US$ 65,2 bilhões), o Chile (US$ 30,3 bilhões), a Colômbia (US$ 15,8 bilhões), a Argentina (US$ 12,5 bilhões) e o Peru (US$ 12,2 bilhões). Os Estados Unidos e os países da União Europeia continuam sendo os principais investidores na região.

Segundo o relatório da Cepal, o aumento dos investimentos estrangeiros diretos decorre do crescimento econômico sustentado da região, dos altos preços das matérias-primas e da elevada rentabilidade dos investimentos.

Para 2013, a comissão projeta que as entradas de IED na região oscilem entre US$ 167,9 bilhões e US$ 185,2 bilhões. “A amplitude da variação decorre da incerteza sobre a concretização durante 2013 de uma grande aquisição empresarial transfronteiriça”, destaca.

A Cepal se refere à venda do grupo Modelo (cervejaria mexicana) para a fusão belgo-brasileira Anheuser-Busch InBev (AB Inbev), maior produtora mundial de cerveja. A transação chega a US$ 20 bilhões.

Em nota, a secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, destacou que os resultados obtidos consideram “o bom momento que atravessa a economia da América Latina”, apesar do contexto externo de acentuada redução desses fluxos mundiais. Ela acrescentou que “não vê indícios muito claros de uma contribuição relevante do IED à geração de novos setores ou à criação de atividades de alto conteúdo tecnológico”, segundo a publicação.

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