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Sindicato de Enfermagem recorre à Justiça do Trabalho contra Unimed – MS 

Sindicato reivindica reajuste salarial para a Enfermagem a partir da inflação, mas enquanto a Unimed lucra milhões, oferece proposta de reajuste zero.
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foto: reprodução

A Central Nacional Unimed (CNU), cooperativa responsável pela operação nacional dos planos de saúde Unimed encerrou o ano de 2021 com lucro líquido de R$ 55,1 milhões. Este valor foi divulgado no site Valor Econômico, em 22/04/2022.  Na matéria, foi enaltecido o engajamento dos funcionários para este resultado e reconhecida a força do trabalho em equipe. Mas, segundo o SIEMS (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem do Mato Grosso do Sul), o cenário no Mato Grosso do Sul é de descaso com os trabalhadores. 

Em negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2022/2023, a proposta patronal de reajuste salarial foi zero. O sindicato refutou a postura da Unimed/MS. No dia 7 de novembro, respondeu que a proposta foi recusada e que buscaria respaldo jurídico. 

“É notável o lucro da Unimed, a CNU projeta o crescimento de 14,4% no faturamento da companhia, o equivalente a cerca de R$ 10,6 bilhões para 2022. Nos questionamos se esse lucro será às custas dos trabalhadores. Se a resposta for sim, essa exploração será combatida. Sem a Enfermagem, os hospitais param, durante a pandemia toda a população reconheceu a importância da profissão. É preciso valorizar a categoria e esse reconhecimento acontece por melhorias salariais”, destaca o presidente do SIEMS, Enfermeiro Lázaro Santana. 

Justiça 

O departamento jurídico do SIEMS, por meio da advogada Dra. Olívia Brandão, já recorreu à Justiça do Trabalho e solicitou a intermediação do Tribunal Regional do Trabalho 24ª Região (TRT/MS). 

“Nosso objetivo é garantir reajuste a partir da inflação do período da data-base da categoria, 1º de agosto. Temos convicção de que a justiça será favorável aos trabalhadores, não podemos aceitar perdas salariais, a Enfermagem trabalha incansavelmente e também sofre os impactos financeiros com aumentos nos preços de produtos básicos para a sobrevivência, como alimentos, produtos farmacêuticos, educação, entre outros”, ressalta o presidente. 

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