Volatilidade de comissionados e Selic atrapalham venda da folha de Campo Grande, alega Hokama

Prefeitura analisa baixar valores ou contratar sem licitação um banco público

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Márcia Helena Hokama, titular da Sefin. (Foto: Clayton Neves/Jornal Midiamax)

Secretária de Finanças, Márcia Hokama disse nesta terça-feira (9) que a volatilidade de comissionados na Prefeitura de Campo Grande, assim como a taxa Selic em 13,75%, estão dificultando a venda da folha salarial. A licitação já foi lançada duas vezes e fracassou sem interessados.

“A taxa Selic muito alta, em torno de 13,75%, que dificulta pessoas a contraírem empréstimos, além de servidores que pedem a portabilidade e dos comissionados, que provocam a volatilidade na folha. Tudo isso é analisado pelos bancos e dificulta”, explicou.

A Prefeitura quer lançar novamente a licitação, com valores mais baixos. “Vamos também aumentar o prazo para de pagamento. Mesmo assim, se não der certo a Prefeitura vai fazer uma contratação direta com algum banco público, que não precisa de licitação”, alegou.

Pregão da folha

Desde outubro de 2022, o município tenta contratar um banco ou cooperativa de crédito para depositar os salários, pensões e aposentadorias. O pregão já foi suspenso para análise de pedido de esclarecimento, e por duas vezes, fracassou após não haver interessados.

Na segunda tentativa, o edital foi alterado para incluir cooperativas de crédito o valor inicial de R$ 102,9 milhões foi reduzido para R$ 87,4 milhões. Mesmo assim, o pregão fracassou.

São 29.696 servidores ativos e 7.050 aposentados e pensionistas, totalizando R$ 185,3 milhões em pagamentos. Desde 2016, o serviço era prestado pelo banco Bradesco. Na época, a instituição comprou o HSBC, que era contratado pela prefeitura desde 2012.

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