Os hospitais militares de e de enviaram respostas a pedido de esclarecimento feito pelo TCU (Tribunal de Contas da União) sobre gastos milionários com a compra de próteses penianas. O HMILACG (Hospital Militar de Área de Campo Grande) empenhou mais de R$ 1 milhão para a compra de 20 próteses penianas tipo inflável, com valor unitário de R$ 57,6 mil. A compra de uma das unidades ocorreu no ano passado, conforme publicado no Portal da Transparência.

Na justificativa, as instituições militares responderam que as próteseses compradas apresentam “maior semelhança com a ereção fisiológica”, consta em trecho do documento, conforme informações do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles. A investigação da compra pública foi solicitada ao órgão de pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO) e pelo senador Jorge Kajuru (Podemos-GO).

Conforme o colunista, a diretora do Hospital Militar de Área de Campo Grande, coronel Claudia Lima Gusmão Cacho, alegou que o paciente implantado adquiriu disfunção erétil depois de passar por uma cirurgia de câncer de próstata. A compra também recebeu o aval da Comissão de Ética Médica da unidade hospitalar.

“O contexto extrapola a questão financeira (preço), sexual ou estética, preponderando a qualidade de vida da pessoa no sentido psicológico, social e de autoestima”, afirmou ao TCU.

Prótese para oficial

Conforme apurado pela reportagem, até o momento apenas uma das próteses foi utilizada. Caso o uso seja necessário para outros pacientes, as demais próteses já estão orçadas e disponíveis para utilização.

Nesses casos, o Exército faz a compra por meio do Hospital Militar, realiza a cirurgia e o paciente precisa pagar pelo serviço por meio do plano de saúde em diversas prestações. No caso, o FusEx. No entanto, antes, o plano precisa autorizar qualquer tipo de procedimento.

Foram utilizados recursos do Fundo do Exército para a compra do produto, adquirido da empresa Qualy Medical Comercial de Produtos Médicos Hospitalares Ltda, localizada em Campo Grande.