MPF encaminha denúncia sobre exigências a pré-candidatos do PSL para o MPMS

Denúncia sobre excesso de exigências para viabilizar candidaturas pelo PSL em Campo Grande protocolada na Procuradoria Regional do MPF-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) será apurada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Conforme pré-candidatos a vereador, a legenda aderiu a critério de pontuação como forma de fazer triagem dos nomes que […]

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Denúncia sobre excesso de exigências para viabilizar candidaturas pelo PSL em Campo Grande protocolada na Procuradoria Regional do MPF-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) será apurada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Conforme pré-candidatos a vereador, a legenda aderiu a critério de pontuação como forma de fazer triagem dos nomes que irão disputar as eleições municipais.

Na lista de itens a serem cumpridos estão assinaturas de fichas de apoio, arrecadação de doação de dinheiro e até visualizações em lives promovidas nas redes sociais. Em vídeo, o pré-candidato da chapa majoritária, Vinícius Siqueira (PSL), chega a cobrar maior participação de pretensos candidatos por meio de comentários nas transmissões.

Indignada com a situação, uma pré-candidata formalizou denúncia na Procuradoria Regional de MS. Protocolada sob o n.º 00019525/2020, a reclamação foi autuada como notícia de fato – sendo apenas formalmente recebida. Entretanto, conforme informado pelo MPF por meio da assessoria de imprensa, o procurador regional eleitoral identificou que a atribuição sobre o caso é de âmbito estadual. Portanto, foi encaminhada ao MPMS. 

Acionado sobre os questionamentos de pré-candidatos, o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de MS) informou que, neste momento, o caso ainda não passa pelo Tribunal. A reportagem solicitou ao MP informações sobre a chegada do procedimento e as próximas etapas da apuração, mas ainda não obteve resposta. O PSL também foi acionado, mas ainda não se manifestou.

Engajamento forçado

De acordo com os relatos encaminhados à reportagem, o PSL de Campo Grande estaria obrigando os pré-candidatos a irem para às ruas, em plena pandemia, para conseguir fichas de apoio de 500 pessoas. O problema no método seria, principalmente, pontuar arrecadação que cada um consegue, não a doação em si. “Em plena pandemia fazer mulheres e idosos irem para rua atras de assinatura e dados confidenciais”, acrescenta a denúncia.

“Eu queria reafirmar o compromisso que fizemos nas reuniões presenciais sobre a forma de escolha dos pré-candidatos a vereador pelo PSL. A executiva municipal bolou método, que é aquele de fichas que já conversamos. Todos gostaram, aprovaram, a gente é de direita, gostamos de meritocracia”, confirma Siqueira em um trecho de vídeo publicado nas redes sociais. Confira a íntegra da gravação: