Servidoras tinham renda fixa mas recebiam valores de R$ 64 mil

A AGU (Advocacia-Geral da União) conseguiu manter na Justiça a suspensão ao pagamento de pensões a filhas de servidores públicos que já morreram. Pelas contas do órgão, pelo menos R$ 1,25 bilhão seriam gastos por ano com os benefícios.

O órgão informou que são 19,5 mil mulheres em todo o país que recebem o benefício, com um valor médio de R$ 64,1 mil por ano, mas que possuem outras fontes de renda e, portanto, não teriam direito às pensões.

A economia com o corte dos benefícios pode chegar a R$ 5 bilhões em um período de quatro anos. Segundo a advogada-Geral da União, Grace Mendonça, em período de déficit fiscal de R$ 159 bilhões, toda economia é “muito bem-vinda”.Governo corta R$ 1,2 bilhão em pensões a filhas de servidores mortos

“Isso revela muito a necessidade de nós passarmos a limpo a questão previdenciária no país. Daí a importância da reforma da previdência. […] Precisamos ampliar as bases, rever e analisar, revisitar alguns desses temas, em especial esse”, disse Grace.

Grace também revelou, em entrevista ao CB.Poder, que mais um acordo de leniência com empresas investigadas na Lava-Jato deve ser fechado na próxima semana. Ao todo, onze acordos estão em fase de fechamento.