MPE oficializa no Gaeco promotores da força tarefa da Lama Asfáltica
Servidores devem auxiliar na análise de relatório da Coffe Break
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Servidores devem auxiliar na análise de relatório da Coffe Break
Os promotores Thalys Franklyn de Souza e Tiago Di Giulio Freirem, integrantes do gabinete do procurador-geral de Justiça do MPE (Ministério Público Estadual), Humberto de Matos Brittes, passaram a atuar junto ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado). Ambos trabalham na força tarefa da Lama Asfáltica e agora também integram o grupo de promotores responsáveis pelas investigações da Operação Coffe Break.
A decisão foi publicada no Diário Oficial do Ministério desta terça-feira (12) e indica que os promotores passaram a integrar o gabinete do procurador desde a última quinta-feira (7). Conforme a publicação, apesar da mudança, Thalys e Tiago continuam atuantes na força-tarefa da Lama Asfáltica, que investiga suposto esquema de desvio de dinheiro público por meio de fraudes em licitações, envolvendo agentes públicos.
O chefe adjunto do MPE (Ministério Público Estadual) de Mato Grosso do Sul, procurador Paulo César Passos, já havia comentado sobre mudanças no Gaeco, durante coletiva no fim de dezembro de 2015. Na ocasião, além do ingresso de novos promotores, Passos confirmou a saída do promotor Marcos Alex Vera da coordenação do Gaeco, após análise do relatório e do possível ajuizamento de ações da operação Coffe Break, que investiga suposto esquema para cassar o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), em março de 2014.
No mês passado, o MPE anunciou que cinco promotores faziam a avaliação do relatório feito por Marcos Alex sobre a operação Coffee Break. O prazo previsto inicialmente para conclusão dos trabalhos era de 60 dias e, com a inclusão de mais dois promotores, a expectativa é de que a mudança traga celeridade ao processo.
A transferência dos promotores foi assinada pela procuradora-geral de justiça em exercício, Mara Cristiane Crisóstomo Bravo.
Lama Asfáltica
A Operação Lama Asfáltica foi desencadeada no dia 9 de julho, quando MPF, CGU, PF e Receita Federal cumpriram 19 mandados de busca e apreensão de documentos nas casas de João Amorim, Elza Cristina dos Santos, Edson Giroto e sede das empresas que compõem o conglomerado de Amorim.
O MPF investiga, há dois anos, a influência do empresário nas decisões políticas e econômicas do Estado. Apenas durante o segundo mandato de André Puccinelli, a Proteco Construções Ltda. ficou com mais de R$ 230 milhões dos contratos do governo do Estado.
A Operação visa levantar documentação que comprove a participação de empresários, políticos e servidores no esquema de desvio de verbas federais, que somam R$ 11 milhões. A polícia também investiga lavagem de dinheiro no exterior pelos empresários e políticos do Estado.
Depois da deflagração da Operação, o MPE instaurou a força-tarefa da Lama Asfáltica e designou sete promotores para cuidar da investigação dos contratos, mas referente a verba estadual, não abrangida na investigação deflagrada pelas primeiras instituições.
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