Empresa cobrou 10 vezes mais para cuidar cemitérios na gestão de Olarte, diz MPE

Gilmar Olarte também será investigado

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Gilmar Olarte também será investigado

O MPE (Ministério Público Estadual) abriu inquérito civil para apurar contratação emergencial da Taíra Prestadora de Serviços na gestão do então prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP). De acordo com Diário Oficial do órgão desta quarta-feira (2) a empresa, contratada para dar manutenção aos cemitérios públicos, teria o pagamento dez vezes maior em comparação à contratação de 2007, mesmo com estado caótico dos locais. Empresa cobrou 10 vezes mais para cuidar cemitérios na gestão de Olarte, diz MPE

De acordo com a texto do promotor de Justiça Alexandre Capiberibe, o objetivo é “apurar eventuais irregularidades no contrato emergencial firmado entre a Prefeitura Municipal de Campo Grande e a empresa Taíra Prestadora de Serviços Ltda., para limpeza de cemitérios municipais, uma vez que, em tese, o valor mensal a ser pago pelos serviços de manutenção e limpeza contratados emergencialmente aumentou cerca de dez vezes, em relação ao valor do contrato anterior, de 2007, a despeito da continuidade na situação de abandono dos cemitérios públicos municipais”.

No dia 2 de dezembro passado MPE recomendou à atual gestão que não renove contrato com a prestadora de serviço, pelos mesmos motivos apontados no inquérito civil. Em junho de 2015 a Taíra conseguiu contrato por meio da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) de R$ 1.162.800 milhão para prestar serviço nos cemitérios públicos da Capital. O proprietário da empresa, Milton Akio Taira ficou lotado na Câmara Municipal de fevereiro de 2013 a abril do mesmo ano.

A contratação, valeu por 180 dias e feita com dispensa de licitação e o valor será pago em seis parcelas de R$ 193.800 mil, conforme publicação no Diário Oficial de Campo Grande. Até maio do ano passado, a Taíra tinha pelo menos dois contratos com o Executivo que juntos somavam mais de R$ 1 milhão, também referentes à manutenção dos cemitérios da cidade. Todos os contratos foram firmados na gestão anterior em regime de urgência, ou seja, sem processo licitatório.