Justiça nega habeas corpus de Whelan; inglês está foragido
O Plantão Judiciário do Rio de Janeiro negou na madrugada desta sexta-feira o pedido de habeas corpus ao inglês Raymond Whelan, um dos diretores da Match Hospitality, empresa terceirizada da Fifa. Ele é considerado “foragido” da Justiça desde a tarde desta quinta-feira, quando teve a sua prisão preventiva decretada. Whelan, acusado de ser o chefe […]
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O Plantão Judiciário do Rio de Janeiro negou na madrugada desta sexta-feira o pedido de habeas corpus ao inglês Raymond Whelan, um dos diretores da Match Hospitality, empresa terceirizada da Fifa. Ele é considerado “foragido” da Justiça desde a tarde desta quinta-feira, quando teve a sua prisão preventiva decretada.
Whelan, acusado de ser o chefe de uma complexa rede internacional de revendedores das entradas para a Copa de 2014, aparentemente fugiu de seu hotel quando seria detido por oficiais da 18ª Delegacia da Polícia Civil.
As autoridades indicaram que o britânico inclusive deixou suas malas no hotel e saiu por uma porta exclusiva para empregados, como comprovaram as imagens do circuito fechado de televisão.
“Ele é considerado foragido”, relatou a jornalistas o delegado Fabio Barucke, que confirmou que o nome de Whelan foi posto na lista de pessoas procuradas pela Interpol.
Barucke também afirmou que a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal foram acionadas para impedir sua saída nos aeroportos e nas fronteiras do país.
Em comunicado, o advogado do britânico, Fernando Fernandes, declarou que a defesa recorreu da decisão da Justiça de decretar uma nova prisão e justificou que Whelan entregou seu passaporte e se comprometeu a colaborar com as investigações, mas não mencionou seu paradeiro.
Whelan, detido na segunda-feira, foi beneficiado um dia depois por um habeas corpus que lhe permitia responder às acusações em liberdade.
Após pagar uma fiança e entregar seu passaporte às autoridades como compromisso que não abandonaria o País, o britânico deixou a delegacia e não tinha uma data definida para prestar um novo depoimento.
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Na segunda-feira, o britânico tinha sido detido no luxuoso hotel Copacabana Palace, o mesmo ao qual foram hoje os policiais para uma nova detenção e onde estão hospedados os dirigentes da Fifa durante a Copa, e conduzido a uma delegacia na zona sul do Rio de Janeiro.
A Match Hospitality foi a empresa escolhida pela Fifa para oferecer os ingressos do Mundial em pacotes reservados por empresas e para operar as acomodações hoteleiras para os jogadores das diferentes seleções e os dirigentes da entidade.
O executivo foi identificado como chefe do grupo por um advogado detido na operação que aceitou colaborar com as investigações em troca de redução nas penas.
Os membros da organização investigada estavam com ingressos que pertenciam a dirigentes de diversos países, confederações e empresas que tinham comprado pacotes. Essas entradas eram vendidas por preços muito superiores aos estabelecidos pela Fifa, como a Polícia Civil confirmou em escutas telefônicas.
Os ingressos eram administrados pelo empresário franco-argelino Mahamadou Lamine Fofana, um dos detidos na semana passada e em cujo telefone celularforam identificados dezenas de ligações para integrantes da Match Hospitality.
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