Número de ecopontos em Campo Grande e mulheres indígenas foram assuntos debatidos em duas audiências públicas, nesta semana, na Câmara da Capital. Os encontros aconteceram nos dias 2 e 4 de outubro, ambos no plenário da Casa de Leis.

O primeiro encontro aconteceu na segunda-feira (2), quando os vereadores debateram sobre direitos e políticas públicas para o bem viver das mulheres indígenas. A discussão foi convocada pela Comissão Permanente de Saúde, composta pelos vereadores Dr. Victor Rocha (PP) (presidente), Professor André Luis, (Rede) (vice-presidente), Dr. Jamal, Tabosa e Dr. Loester, ambos do MDB.

Em sua fala, a vereadora Luiza Ribeiro (PT), proponente da audiência, destacou que o debate foi construído com a participação constante da comunidade indígena.

“Queremos encontrar um bem viver melhor aqui em Campo Grande. Essa audiência pública ocorreu por solicitação das mulheres do Conselho Nacional das Mulheres Indígenas, que estiveram aqui na reunião de agosto da Comissão Especial para as questões indígenas. Toda audiência foi construída a muitas mãos pelas mulheres indígenas”, disse.

A audiência teve como objetivo ouvir as demandas das mulheres indígenas em Campo Grande para promover a igualdade de gênero, a justiça social e o respeito à diversidade cultural. Segundo os participantes, elas desempenham um papel crucial na preservação de suas tradições, na defesa de seus territórios e na promoção do bem-estar de suas comunidades.

Na quarta-feira (4), os vereadores promoveram outra audiência pública na Casa de Leis, quando o assunto debatido foi a necessidade de aumento no número de ecopontos na Capital.

O debate foi convocado pelo vereador Ronilço Guerreiro, (Podemos), através da Comissão Permanente de Meio Ambiente, composta pelos vereadores Zé da Farmácia, (Podemos) (presidente), Silvio Pitu, (PSD), (vice-presidente), Dr. Jamal (MDB), Betinho (Republicanos) e Professor André Luis (Rede).

“Hoje, são cinco ecopontos, e queremos dobrar o número, pois temos regiões que precisam. Precisamos discutir essas leis que normatizam o descarte dos resíduos em nossa cidade. Queremos ouvir a população. Essa Casa é do diálogo e os vereadores representam cada um de vocês. Toda cidade é nosso quintal e devemos cuidar dela. Não representamos empresas, mas os moradores. Se podemos mudar as leis, vamos atrás para atender os moradores”, disse Ronilço.

A proposta sobre a situação dos Ecopontos chegou a Guerreiro pela população, mas principalmente pelos jardineiros da Capital. Atualmente, Campo Grande conta com cinco Ecopontos, que recebem recicláveis, demolições, mobílias, sucatas, restos de podas, eletrônicos, entre outros. Eles estão nos bairros Panamá, Noroeste, Nova Lima, Moreninhas e União.

“A grande questão é a quantidade de descarte que hoje é autorizado. É lamentável que a gente ainda tenha dificuldades como essa em nossa cidade, principalmente para pessoas que trabalham duro para tirar o sustento, como é o caso dos jardineiros, que enfrentam sol e chuva. Hoje eles podem descartar apenas 1 metro cúbico da poda que fazem nos ecopontos, mas e o restante? Temos que solucionar essa questão o quanto antes”, disse o vereador.