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Política

Após denúncias sobre terminais, prefeita de Campo Grande diz que comissão vai avaliar melhorias

Apesar de lucro de R$ 68 milhões e denúncias sobre as condições dos terminais e ônibus, o Consórcio reafirmou pedido de reajuste financeiro
Dândara Genelhú -
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Foto: Nathalia Alcântara; Midiamax.

A situação deplorável dos terminais do transporte coletivo de faz usuários denunciarem diariamente as condições estruturais das construções. Ao longo de oito reportagens, o Jornal Midiamax ouviu passageiros que usam os terminais diariamente e apontam problemas nas estruturas. Assim, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), prometeu nesta terça-feira (14) que a Comissão Permanente de Transporte avaliará melhorias.

“As melhorias serão nos ônibus e também nos terminais, vamos estar nessa comissão permanente discutindo essa pauta e buscando soluções em conjunto”, anunciou junto com o novo valor do passe de ônibus.

A tarifa subiu para R$ 4,65 e como contrapartida, a prefeitura afirma que algumas medidas já foram tomadas para a melhoria dos serviços. “Os corredores de transporte já foram iniciados na Capital, diminuindo o tempo de percurso, isso já melhora também a qualidade”, citou.

Questionada sobre as quebras contratuais do Consórcio — que não só mantém a frota com idade maior que a estipulada no contrato, como operou com número menor de ônibus em 2018 e 2019 — a prefeita disse que a Comissão será mantida.

“Nós vamos manter uma comissão permanente para que a gente possa discutir com a Câmara Municipal, com representantes do Ministério Público, do Consórcio e com a sociedade civil organizada, essa pauta que é tão relevante para Campo Grande”, explicou.

Discussão sobre o transporte

Conforme a chefe do Executivo, o transporte público é discutido desde 2022. Contudo, o Jornal Midiamax recebe e noticia denúncias sobre as condições do transporte coletivo desde 2013.

“Nós estamos discutindo a pauta do transporte desde o ano passado, e as pessoas que compõe a comissão estão aqui representadas”, pontou na coletiva de imprensa nesta terça-feira (14).

O diretor do Consórcio, Robson Strengari, admitiu redução no número de ônibus que circulam e horários de itinerantes. “Nós tivemos uma queda de 70% dos passageiros desde a Covid. Realmente o número de ônibus circulando reduziu”, disse.

Então, afirmou que o irá adequar o sistema “conforme a necessidade de novos ônibus”. No entanto, apontou que “a Agetran aos poucos está adequando, quem comanda essas expedições de ordem e serviço é a Agetran”.

Robson afirmou que o Consórcio se pronunciar sobre o laudo que aponta lucro de R$ 68,5 milhões nos primeiros sete anos de concessão. “O perito deu sua versão para os fatos agora existe um tempo, são 15 dias para se pronunciar. A equipe técnica está observando para fazer um contra laudo”.

Além disso, afirmou que o grupo que comanda os coletivos mantém o pedido de financeiro. “Existe a necessidade do reequilíbrio econômico e financeiro da concessão do transporte de Campo Grande”.

Denúncias sobre os terminais

No Terminal General Osório os usuários denunciam combo de problemas que vão de ‘cachoeira’ no teto a sangue no banheiro. Com bebedouros totalmente inoperantes, banheiros danificados, falta de limpeza e uma estrutura que não protege da chuva com eficiência, o local deixa a população que depende do transporte coletivo a mercê de condições precárias há anos.

Quase 4 anos após promessa, a tão esperada reforma não chegou ao Terminal Morenão e passageiros enfrentam abandono. No terminal há bancos sem ‘assentos’, falhas no chão e até fios expostos.

O Terminal Bandeirantes é outro que está com a reforma travada e vive de ‘sucateamento’. No local, existe até covil de dengue e os problemas aumentam em dia de chuva. Assim, em dias de temporal, a chuva alaga o terminal e a água invade até área coberta: ‘Não tem pra onde correr’, lamentam os passageiros.

Contudo, o pedido dos passageiros foi claro no Terminal Aero Rancho: água fria e banheiro limpo. Isso porque em uma rápida caminhada pelo terminal é possível encontrar diversos problemas, como a sujeira, diversas goteiras, falta de placas de informação.

Passageiros do transporte coletivo apelidaram o Terminal Nova Bahia de ‘o mais sujo de CG’. Quando os usuários falam em ‘sujeira’ não se referem à falta de limpeza no terminal, porque ela existe (funcionárias passam vassoura e pano no local). Então, apontam o aspecto de abandono e descaso marcados pelos 23 anos desde a inauguração e nenhum investimento em melhorias por parte do poder público.

Com reforma anunciada em 2020, o Terminal Júlio de Castilho não difere dos outros. Quase três anos se passaram, os investimentos não chegaram e passageiros convivem diariamente com o abandono, a sujeira e a falta de informações no terminal de transbordo.

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