Pré-candidatos à Presidência se manifestam sobre assassinato de guarda municipal no PR
Políticos comentaram sobre o crime e a maioria pede tolerância
Anna Gomes –
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Pré-candidatos à presidência da República utilizaram as redes sociais para lamentarem o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda que morreu durante a comemoração do seu aniversário de 50 anos. A festa foi invadida pelo agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho.
O pré-candidato André Janones (Avante), lamentou a tragédia e aproveitou para relembrar crimes que segundo ele, acabaram caindo no ‘esquecimento’.
“O debate ideológico sem qualquer base racional leva a tragédia que vamos lamentar profundamente. Ninguém vai conseguir explicar essa paixão que leva um ser humano odiar o outro por convicções políticas diferentes. Hoje nós vamos lamentar, desejar condolências às famílias. Mas e amanhã? Amanhã nós vamos esquecer como esquecemos o Genivaldo assassinado brutalmente em uma viatura? Aplaudir e agradecer agressores durante discursos em cima de palanques, como feito ontem? Nós vamos no chocar só com o agora? Não vamos mudar essa mentalidade? Nós vamos esperar que a tragédia, a barbarie chegue dentro das nossas casa pra combatê-la? Essa idiotização (que muitos chamam de polarização) não pode prevalecer. O Brasil precisa cuidar dos seus problemas reais, não criar novos.”, publicou.
Ciro Gomes, do PDT, lamentou o episódio e disse que o ódio político precisa ser contido para evitar tragédias ainda maiores.
“É triste, muito triste, a tragédia humana e política que tirou a vida de dois pais de família em Foz do Iguaçu. O ódio político precisa ser contido para evitar que tenhamos uma tragédia de proporções gigantescas. Que Deus, na sua misericórdia, interceda em favor de nós brasileiros, pacificando nossas almas, e traga conforto às duas famílias destruídas nesta guerra absurda, sem sentido e sem propósito.”, escreveu.
Luciano Bivar (União), considerou a tragédia como ‘doença política’ e disse que o povo brasileiro está ‘contaminado’.
“Esta doença ‘política’ contaminou nossa gente, até aqueles que amamos lá na casa da esquina”.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), logo após o crime, demonstrou solidariedade à família de Marcelo e compreensão com os familiares do atirador que invadiu a festa. Lula também disse que o episódio é estimulado pelo ‘discurso de ódio’ do atual presidente e ressaltou que é preciso manter diálogo e tolerância.
“Uma pessoa, por intolerância, ameaçou e depois atirou nele, que se defendeu e evitou uma tragédia maior. Duas famílias perderam seus pais. Filhos ficaram órfãos, inclusive os do agressor. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda. Também peço compreensão e solidariedade com os familiares de José da Rocha Guaranho, que perderam um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável”.
A emedebista Simone Tebet, prestou solidariedade as famílias dos envolvidos e disse que o episódio pode servir como um ‘alerta’ para sociedade.
“Adversário não é inimigo. Que o caso de Foz do Iguaçu/PR faça soar o alerta definitivo. Não podemos admitir demonstrações de intolerância, ódio e violência política. Me solidarizo com as famílias de ambos. Esse tipo de conflito nos ameaça enormemente como sociedade. É contra isso que luto e continuarei lutando. Tenho certeza que nós, brasileiros, temos todas as condições de encontrar um caminho de paz, harmonia, respeito, amor e dignidade humana para reconstruir o Brasil”.
O Presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL), foi o último a se manifestar sobre o crime. Na noite deste domingo (10), ele não prestou solidariedade as famílias dos envolvidos e disse que ‘a esquerda é violenta’.
“Qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores”. “A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos”. “É o lado de lá que dá facada, que cospe, que destrói patrimônio, que solta rojão em cinegrafista, que protege terroristas internacionais, que desumaniza pessoas com rótulos e pede fogo nelas, que invade fazendas e mata animais, que empurra um senhor num caminhão em movimento”, continuou Bolsonaro.
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