Mulheres indígenas de MS pedem políticas públicas para segurança em carta a presidente eleito

Carta é assinada por mulheres indígenas Guarani e Kaiowá do Estado

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Foto: Reprodução/ Kuñangue Aty Guasu.

Durante a X Assembleia da Kuñangue Aty Guasu, mulheres indígenas de Mato Grosso do Sul escreveram uma carta para o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No documento, indígenas Guarani e Kaiowá pedem políticas públicas para segurança das mulheres.

O Conselho de mulheres lembra das violências que as indígenas sofrem em MS, estado com altos índices de violência contra as mulheres. “Constatamos que as mulheres Guarani e Kaiowá sofreram e sofrem diversos tipos de violência física e psicológica”, afirmam.

Elas destacam que a “violação de direitos em diferentes locais são praticadas pelas diversas pessoas indígenas e não indígena”. As constatações estão na “III Edição do Mapa da Violência Corpos Silenciados, vozes presentes”.

Assim, o documento expõe a violência pelo ponto de vista das mulheres Kaiowá e Guarani. Por isso, pedem políticas públicas de proteção às mulheres indígenas.

“Esperamos Lula que efetive as políticas públicas de proteção às vítimas de violência, que se encontram atualmente precárias”. O Conselho lembra de feitos das gestões anteriores de Lula, como o Ligue 180 e a Lei Maria da Penha.

Então, pedem “olhar mais humano do seu governo Lula, para o povo Kaiowa e Guarani, que demarque e homologue as nossas terras como foi dito na sua campanha das eleições de 2022. Que esse governo seja como uma retomada, que é retomar o que nos pertence como povos originários”.

Além disso, citam as lutas pela demarcação dos territórios. “Estamos há 522 anos resistindo, desde a invasão de nossos territórios, aqui o nosso estado carrega o sangue Kaiowá e Guarani em sua história”, explicam ao presidente eleito.

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