A semana política em foi movimentada pela largada das propagandas para as Eleições de 2022. Denúncias eleitorais também começam a ganhar volume no Estado.

Desde terça-feira (16), está permitida a propaganda eleitoral e as ruas de Campo Grande já começam a ter bandeiras, placas e até distribuição de adesivos e santinhos. A movimentação das campanhas também chega ao interior do Estado.

Com o início do período eleitoral previsto pelo calendário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), candidatos começaram a campanha de diversas formas. A maioria marcou presença em no primeiro dia, é o caso de Rose Modesto (União Brasil), Eduardo Riedel (PSDB), Marquinhos Trad (PSD), Giselle Marques (PT) e André Puccinelli (MDB).

Capitão Contar (PRTB) começou a campanha em formato online e Adonis Marcos (Psol) viajou para .

Denúncias

Junto com as campanhas, as denúncias também movimentaram o cenário político sul-mato-grossense. Uma delas foi impetrada pelo PSD, que acionou o ex-vereador Vinícius Siqueira na Justiça Eleitoral após postagem no perfil de Siqueira acusando o candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul e ex-prefeito de Campo Grande, (PSD), de ‘taradão de Deus'.

O partido pediu a remoção da publicação e R$ 25 mil em multa por propaganda eleitoral antecipada. No entanto, o juiz relator, Ricardo Gomes Façanha, afirmou que não há elementos que caracterizem a mensagem como sendo de cunho eleitoral e negou pedido para remoção da postagem.

Um vídeo publicado em redes sociais que cita investigação contra o candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul do PSD foi alvo de denúncias e removido após deliberação da Justiça Eleitoral. Segundo decisão do TRE-MS (Tribunal Regional de Mato Grosso do Sul), a publicação foi considerada propaganda eleitoral antecipada negativa.

Na segunda-feira (15), o TRE-MS negou provimento ao recurso do Podemos-MS. O partido questionou a decisão do Tribunal sobre uma denúncia de propaganda eleitoral antecipada do candidato ao Governo do Estado do PSDB. “Não houve demonstração da propaganda eleitoral antecipada”, justificou o juiz relator Ricardo Gomes.

Entre as denúncias, o TRE-MS multou em R$ 5 mil o deputado federal Loester Trutis (PL/MS) por publicar e impulsionar um vídeo considerado ofensivo ao candidato do PSD ao Governo do Estado, Marquinhos Trad. O material não está mais no ar após as denúncias.

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Propaganda na TV e rádio

A ordem dos candidatos e o tempo para a propaganda em rádio e TV foram definidos na quarta-feira (17), em audiência pública no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul). Na sexta-feira (26), o Psol deverá abrir a temporada de propagandas eleitorais nas Eleições de 2022 em Mato Grosso do Sul.

No entanto, houve parcial revogação das decisões e o TRE-MS fará nova audiência pública para redefinir o plano de mídia do horário eleitoral gratuito. A nova cerimônia será realizada às 15h deste sábado (20), no plenário do Tribunal, com transmissão pelo YouTube.

MS na corrida presidencial

De forma inédita, MS tem duas senadoras participando da corrida presidencial nas Eleições de 2022. Simone Tebet é candidata à Presidência pelo MDB e Soraya Thronicke é candidata pelo União Brasil.

Em agenda na quinta-feira (18), Simone Tebet (MDB) afirmou que irá garantir o fim do orçamento secreto. Em programa da OAB (Ordem dos Advogados Brasileiros), a candidata à Presidência da República disse que se for eleita irá abrir mão da reeleição.

Soraya Thronicke (União Brasil), prometeu dar prioridade às ações em prol da proteção de crianças e adolescentes se for eleita. A presidenciável sul-mato-grossense é a primeira candidata a assinar termo de compromisso com a Fundação Abrinq.

Decisões do STF

O deputado federal Loester Trutis (PL) e o chefe de gabinete Ciro Fidelis se tornaram réus no STF (Supremo Tribunal Federal) por simularem um atentado contra a vida do parlamentar na BR-060, após o final do julgamento virtual na madrugada desta terça-feira (16). Os onze ministros da Corte votaram a favor do recebimento da denúncia, feito pela Procuradoria-Geral da República após investigação da Polícia Federal de Mato Grosso do Sul.

Também nesta semana, o STF formou maioria para barrar retroatividade da Lei de Improbidade, que poderia beneficiar políticos e gestores condenados. Vale lembrar que o resultado do julgamento terá impacto nas candidaturas de políticos que foram beneficiados pelas mudanças e liberados para concorrer às eleições de outubro. Antes da mudança na lei, esses políticos estavam inelegíveis.