Gustavo Duó assume presidência da Câmara de Maracaju a partir desta quinta-feira
Vice-presidente se torna presidente interino após suspensão do mandato de oito vereadores
Dândara Genelhú –
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A partir desta quinta-feira (8), o vereador Gustavo Luis Duó (PP) assume a presidência da Câmara de Maracaju. Ele assume a liderança da Mesa Diretora após a suspensão do mandato de oito vereadores.
O vereador confirmou ao Jornal Midiamax que assume a presidência da Câmara nesta quinta-feira (8). “Eu como presidente interino e o vereador Oséias como secretário”, explicou.
Além de Gustavo e Oseias Enfermeiro (Republicanos), restaram outros três vereadores na Câmara de Maracaju. São eles: Luciano França (PSDB), Rener Barbosa (PSDB) e Vilmar Era do Gelo (Patriota).
Por fim, Gustavo disse que ainda não há definição sobre os suplentes dos oito vereadores afastados. “Amanhã cedo vou ver tudo certinho, como ficou com o jurídico da Câmara e da Prefeitura, mas não recebemos nada ainda sobre os suplentes”, afirmou.
Mandatos suspensos
Oito dos 13 vereadores de Maracaju estão com os mandatos suspensos após a deflagração da Operação Dark Money – Fase Mensalinho. Entre eles, está o presidente da Casa, Robert Ziemann (PSDB).
O Jornal Midiamax apurou que também estão afastados Hélio Albarello (MDB) – que foi presidente na legislatura passada –; o segundo vice-presidente, Jeferson Lopes (Patriota); o primeiro secretário da Mesa Diretora, Antônio João Marçal de Souza, o Nenê da Vista Alegre (MDB); Ilson Portela, o Catito (PSDB); Laudo Sorrilha (PSDB); Ludimar Portela, o Nego do Povo (MDB); e João Gomes Rocha, o Joãozinho Rocha (MDB).
Procurada, a assessoria da Câmara informou que não tinha detalhes da ação, já que os policiais civis cumpriram os mandados nesta manhã. O prefeito Marcos Calderan (PSDB) disse não ter conhecimento da operação, já que cumpre agenda em Bonito.
Operação em Maracaju
Na 3ª fase da investigação do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), foi identificado pagamento de propina a vereadores durante os meses de dezembro de 2019 e novembro de 2020. As propinas eram pagas por ordem do então prefeito Maurílio Azambuja (MDB) que, com o aval de outros servidores, tinha como objetivo afrouxar a fiscalização das contas da prefeitura pela Câmara, além de aprovar projetos e leis de seu interesse.
O pagamento de propina tinha como objetivo impedir o funcionamento adequado do Legislativo, já que é de responsabilidade deles a fiscalização. A 3ª fase foi nomeada como ‘Mensalinho’ em referência ao esquema do mensalão, que era operado em nível federal.
As investigações do Dracco apontaram que 11 dos 13 vereadores que integravam a Câmara no período teriam recebido pagamentos indevidos oriundos dos desvios feitos na Prefeitura.
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