A Justiça Eleitoral julgou como não prestadas as contas do PSL (Partido Social Liberal) de referentes às eleições municipais de 2020. A legenda sequer apresentou a declaração de receitas e despesas.

Com isso, o diretório municipal do partido está impedido de receber recursos do Fundo Partidário e do FEFC (Fundo Especial de de Campanha) até que regularize a situação. A decisão do juiz da 8ª Zona Eleitoral de Campo Grande, Luiz Felipe Medeiros Vieira, está na edição desta sexta-feira (19) do Diário Oficial do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral).

Um dos responsáveis pela comissão provisória do PSL no município é . Dois meses antes das eleições, o manobrou a convenção municipal para ser lançado na corrida para prefeito. Mas a Justiça Eleitoral constatou irregularidades e barrou a candidatura. O ex-vereador Vinicius Siqueira assumiu a cabeça de chapa e terminou na terceira colocação.

Conforme a decisão de Medeiros Vieira, o PSL de Campo Grande não só não apresentou a prestação no prazo de 30 dias após o pleito, como também ignorou intimação da Justiça Eleitoral. Portanto, o Ministério Público se manifestou pelo julgamento das contas como não prestadas.

Além disso, o magistrado só não cassou o registro do diretório municipal do PSL por força de medida cautelar concedida em uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade), que vedou interpretações pela suspensão automática. O juiz ainda salientou que a decisão “não afasta a verificação posterior de eventuais irregularidades não apuradas”.

PSL despejou R$ 990 mil nas campanhas em Campo Grande

Segundo estatísticas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o PSL despejou R$ 990 mil em recursos do Fundo Partidário e do FEFC nas campanhas para prefeito e vereador em Campo Grande no ano passado. A maior parte do valor foi direcionada a Vinicius Siqueira – R$ 750 mil.

Embora derrotado na majoritária, o PSL elegeu Alírio Vilassanti para a Câmara de Vereadores. Assim, manteve a única cadeira na Casa. O partido injetou R$ 30 mil em sua campanha.