Se preparando para deixar o Conselho de Administração da Itaipu Binacional, o ex-deputado federal e ex-ministro Carlos Marun (MDB) vai entrar na iniciativa da legenda em levar a uma aliança de centro à Presidência da República em 2022 e no processo eleitoral. Ele, contudo, ainda não decidiu se será candidato.

“Ainda não é hora de discutir eleição. Temos que lutar contra a pandemia. Mas o MDB caminha para ter uma candidatura própria. Temos dois nomes fortes, que é o [ex-governador] André [Puccinelli] e a [senadora] Simone [Tebet]”, afirmou.

Questionado se as investigações contra a gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB) podem ajudar os projetos emedebistas, o conselheiro desconversou. “Temos que ganhar pelas virtudes, não pelos erros dos outros”, frisou.

Como noticiou o Jornal Midiamax nas últimas semanas, Marun pediu para deixar o conselho da estatal e já encontrou um novo projeto: um programa sobre pescaria que está sendo disponibilizado no YouTube.

Parelelo a isso, ele segue atuando como advogado e na militância do MDB. “Vamos fazer um resgate do governo [do ex-presidente Michel] Temer. Vou participar desse processo que vai mostrar as vantagens de uma candidatura de centro”, explicou.

Ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo na gestão Temer, Marun avalia que foi um erro a pulverização de candidaturas em 2018. “Esperamos ter aprendido e que agora possamos unir o centro. Essa polarização entre [ex-presidente] Lula e [presidente Jair] Bolsonaro não é saudável”, finalizou.

Projetos

Há duas semanas, o ex-ministro anunciou que deixaria Itaipu e encontrou um novo trabalho após a saída.

“Desde que saí de Itaipu, decidi fazer uma coisa diferente. Exerci funções muito tensas, fui relator da CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] da JBS, defendi o [ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo] Cunha e fui ministro. Então, uma vez por mês, vamos incentivar as pessoas a pescar. Não vai ser um programa técnico, para falar de anzol e essas coisas. O primeiro já teve uma boa receptividade”, disse à reportagem na semana passada.

Em relação a uma eventual candidatura do MDB, Marun vislumbra dois nomes. “No momento certo, vamos colocar os nomes. Temos o Michel e a Simone também, por que não? O [ex-]presidente Temer não nos autorizou a lançá-lo, mas veremos no futuro”, finalizou.